Após vários alertas em todo o mundo, o governo de Donald Trump decidiu agir.

Há um ano que se fala dos perigos de fumar cigarros eletrónicos, considerados pela maioria como uma alternativa mais saudável. Em outubro, a NiT revelou que estavam 12 mortes sob investigação por parte das autoridades americanas. Agora, os Estados Unidos passaram de avisos a ações.
O governo de Donald Trump anunciou esta quinta-feira, 2 de janeiro, a proibição nos Estados Unidos da maioria das recargas aromatizadas para cigarros eletrónicos, embora já se tivesse falado de uma proibição total.
De acordo com a “CNN”, a medida, que estará em vigor a partir de fevereiro, apenas não contempla o tabaco e o mentol. Outros aromas só podem ficar disponíveis com uma autorização específica das autoridades.

“Os Estados Unidos nunca viram uma epidemia de uso de substâncias surgir tão rapidamente quanto a atual epidemia de uso de cigarros eletrónicos pelos jovens. O HHS [Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos] está a adotar uma abordagem abrangente e agressiva para fazer cumprir a lei aprovada pelo congresso”, disse o secretário da saúde, Alex Azar, citado pela mesma publicação.
No final de novembro, nos Estados Unidos foi aprovada também uma lei que aumentou de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar produtos para consumo de cigarros electrónicos. A medida só entra em vigor a meio deste ano.
Em Portugal, em outubro de 2019, também a Sociedade Portuguesa de Pneumologia alertou para os riscos associados aos cigarros eletrónicos e emitiu algumas recomendações:
— O uso de cigarros eletrónicos é perigoso e não é recomendado;
— Os grupos mais vulneráveis, como as crianças, adolescentes, adultos jovens, grávidas, idosos e doentes respiratórios crónicos devem evitar o uso de cigarros eletrónicos;
— É especialmente perigosa a utilização de dispositivos comprados fora do comércio regulado, a sua utilização modificada ou a adição de líquidos ou óleos que contenham derivados da canábis ou outros aditivos;
— Os consumidores de cigarros eletrónicos que desenvolvam sintomas respiratórios agudos devem consultar o médico e fornecer-lhe informação sobre o produto que consomem;
— Os médicos que assistem doentes com quadro clínico semelhante devem obter informação detalhada sobre o uso destes dispositivos e comunicá-lo às autoridades de saúde, em caso de suspeita.
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