Ontem na plataforma do Instagram houve um live na página da Mell Chaves acerca do empreendorismo, com dois convidados: Paula Morais – criadora da Muhato (Canal de Apoio de micro e pequenas empresas); e Edivaldo Tito Cruz – consultor de finanças e investidor angolano.
Num ambiente descontraído, foram abordados assuntos importantes acerca do empreendedorismo e gestão de finanças.
Aqui vamos resumir os conselhos mais importantes partilhados pelos participantes do live:

- Antes de criar qualquer negócio é essencial estudar muito: fazer pesquisas de mercado, ler as biografias das pessoas que já tiveram sucesso na mesma área, estudar os concorrentes, ver e pedir opiniões do seu consumidor potencial, pensar no plano de acção e no valor que poderia trazer com o seu serviço/produto;
- Estar sempre aberto à aprendizagem e nunca hesitar em pedir ajuda ou conselhos a alguém mais experiente; assumir que não sabe algo e aprender constantemente.
- O ponto onde muitos empresários falham e que é muito importante: antes de abrir a empresa, deve Primeiro estruturá-la bem, e elaborar todos os pormenores necessários jurídicos e burocráticos.
- Não eliminar passos.
- Criar a necessidade no mercado e convencer os seus clientes de que eles precisam do seu produto/serviço.
- Criar uma marca de qualidade e confiança, desenvolver bons serviços com os preços ACESSÍVEIS.
- Imitar os concorrentes de sucesso e tentar acrescentar nas áreas onde eles falham.
- Delegar tarefas
- Subcontratar alguns serviços
- E, muito importante para qualquer negócio: ter paixão por aquilo que FAZ!
E claro que depois de abrir o negócio é muito importante mantê-lo e fazê-lo crescer, mas também é muito importante saber parar, até mesmo reinventar o negócio se for necessário.
Segundo Edivaldo Tito, há negócios cíclicos, que dependem do ciclo da economia, e não cíclicos, que têm sempre procura no mercado, independentemente do estado económico. Nos períodos de crise económica, ou na recessão , é muito importante saber adaptar-se à nova realidade e a desenvolver as áreas não cíclicas dentro do seu negócio em vez de continuar a reinvestir nas áreas cíclicas.
Os participantes também deram algumas sugestões para melhorias do clima de empreendedorismo em Angola:
- Fortalecer a colaboração entre as universidades e as empresas a fim de implementar estágios obrigatórios nas empresas, criando quadros qualificados para começar a trabalhar
- Diminuir o nível de burocracia no país, facilitando os processos para as empresas.
- Desenvolver cada vez mais a produção interna no país a fim de minimizar a dependência das divisas e importações, diminuindo assim o custo dos produtos/serviços.
- Criar, a nível nacional, um sistema de consultoria para os empreendedores com uma fonte de informação credível e de acesso fácil.
- Melhorar em geral condições operacionais para as empresas: electricidade, luz, água, etc.
- Criar co-workings básicos para dar o apoio essencial a micro e pequenas empresas.
Para além disso, foi reforçada a importância de Angola mudar cada vez mais para negócios on-line, que já era inevitável e que o Coronavírus está a impulsionar bastante neste momento.
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