Com o crescimento do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, as medidas de prevenção que incluem o isolamento e a quarentena foram adotadas em diversas partes do mundo, tornando-se a principal medida para conter a propagação do vírus.
Porém, o isolamento em massa pode ter como efeito colateral uma crise econômica sem precedentes. A indústria do turismo é uma das mais afetadas pela pandemia. A ONU prevê um retrocesso de até 30 por cento, no turismo internacional após a pandemia. Não somente as companhias aéreas, que diariamente são afectadas com o cancelamento dos voos, mas também, as pessoas de diferentes lugares, que não conseguem retornar às suas casas por causa do encerramento das fronteiras.
Vários hotéis ao redor do mundo, sem hóspedes, uniram-se na luta contra a pandemia. Muitas unidades foram transformadas em alas hospitalares, para tratar os afectados pelo vírus, e outros como abrigo para profissionais de saúde.
Até os animais sofrem com estas mudanças. Na Tailândia, por exemplo, os elefantes, símbolo do país, sofrem com a falta de turistas que visitam diariamente o Parque de Elefantes Maetaeng. Sem os visitantes, os animais correm o risco de passar fome (seus gastos de alimentação são mais de 22 mil kwanzas por dia).
Também os cruzeiros não passaram despercebidos pelo Covid-19 e as consequências estão a ser vislumbradas. No futuro, o contacto com as pessoas levará muito tempo para ser recuperado e talvez nunca mais será o mesmo.
Haverá mais controlos sanitários, antes, durante e após a travessia e, provavelmente, passageiros e tripulações, abandonarão hábitos e costumes que até alguns meses atrás pareciam inócuos.
Sem contar, que essa “chamada de assistência médica” que o coronavírus trouxe, gerará mudanças no comportamento geral das pessoas, que no final são as que fazem turismo, tanto como receptoras de serviços como prestadores dos mesmos, eles os transferirão para a sua maneira de viajar pelo mundo.
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