Viajamos até à antiga vila Luso, – hoje conhecida como Moxico – mais propriamente Luena, para um fim-de-semana do qual certamente se regressa com muita história l.
Luena é a quarta comuna do município do Moxico, depois de Muangai, Lucusse, e Cangumbe. Passou a ser chamada de “cidade da paz” por ostentar o Monumento à Paz, que simboliza o fim do conflito armado que o país viveu.

A cidade de Luena é habitada por diversos grupos étnicos linguísticos, designadamente, Côkwe (o mais populoso), Luvale, Ovimbundu, Bundas, Luchazes e Lunda Dembo. Dados históricos revelam que a chegada dos primeiros portugueses a estas paragens é fruto da continuação das expedições de Silva Porto, Serpa Pinto, Capelo e o tenente-coronel Trigo Teixeira, entre 1894/1895, tendo edificado uma fortaleza (colónia penal agrícola e militar), substituída pouco depois por uma capitania-mor.

A pequena cidade é caracterizada por avenidas largas e vários largos e jardins, onde muito pouco pode acontecer, mas é uma rota que passou a ser destino turístico da Rovos Rail, um operador da África do Sul, que entra pelo Luau, com meia centena de turistas – entre sul-africanos, norte-americanos, ingleses, suíços, holandeses, australianos e neozelandeses – interessados em conhecer mais sobre a zona.

Em 2020 estavam programados dois comboios, um a chegar e outro a partir. Em 2021, idem – esperemos que a situação da pandemia passe logo para que possamos ir até este “braço de angola”.
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