Num ano em que as lutas estão cada vez mais acentuadas, a estilista angolana de 33 anos, Jurema Ramos, também conhecida por Vastok, — pseudónimo do seu pai — está a concorrer para uma vaga no concurso africano com renome mundial, “Make Believe 2020”, organizado pela marca nigeriana “Orange Culture” em parceria com a incrível retalhista de moda norte-americana “The Folklore”.
A também arquitecta e directora criativa por formação, e ilustradora digital por paixão, está no mercado da moda destede os seus 21 anos. “Sou estilista desde 2008, mas interrompi a minha carreira em meados do ano 2014 para aprimorar-me profissionalmente”, afirmou a artista.
“Make Believe” (“Faz de conta”, em português) é um concurso que irá capacitar futuros designers africanos de moda, oferecendo a oportunidade aos designers sediados em África de ganharem experiência global na venda a retalho. O vencedor irá também beneficiar de um editorial na Revista Digital Nataal e fundos para a produção dos três looks vencedores do concurso, que serão vendidos exclusivamente do site da loja The Folklore, disse a artista.
Em conversa com a Chocolate Lifestyle, a angolana que vive na cidade da luz — Paris, França — participa pela primeira vez de um concurso de tamanha dimensão “e por isso, estou muito expectante”.
“O Make Believe é uma excelente e grande oportunidade para todos os jovens criadores africanos que buscam por uma chance de venderem as suas próprias criações numa dimensão global. Concorrer a esta oportunidade é uma mistura de felicidade e ansiedade pois para consagrar-me vencedora, deverei arrecadar um número de votos superior a todos os outros concorrentes. Trata-se portanto de uma concorrência salutar e motivadora”, disse Jurema Ramos.
A business woman por agora não está focada nos prémios, o que lhe interessa mesmo, por agora, é expandir a sua marca a nível mundial. “A indústria da moda é um negócio que movimenta bilhões de dólares no mundo. Os verdadeiros profissionais estão muito mais interessados em efectuar vendas e alguns em tornarem as suas vendas globais, do que em coleccionar prémios. Moda não é um “award”. Acredito que o maior prémio que um criador pode receber é ver o número das suas vendas a crescer todos os dias e, sobretudo, a marca de sua criação tomar lugar entre os nomes mais sonantes do mercado”, com certeza Jurema Ramos é inspiração para muitas mulheres.
Para quem pensou em adquirir as peças da estilista, sentimos muito em informar que ainda não tem colecções à venda! “Infelizmente não tenho ainda peças de roupa à venda nem um atelier para o efeito. Termino o meu mestrado este ano e escolhi fazer uma coisa de cada vez. Não sou imediatista. Acredito que tudo tem o seu tempo e que, na altura certa, os homens angolanos terão acesso ao meu trabalho”, no entanto, Jurema garante que brevemente terá peças disponíveis.
As votações para o concurso “Make Believe 2020” tiveram início no dia 5 de Outubro e encerrarão no dia 20 de Outubro e o vencedor será anunciado ainda no mês em curso, no dia 30. Para votar em Jurema Ramos “basta acessar o perfil no Facebook Jurema Ramos (Vastok), ou ainda o link disponível na biografia dos perfis no instagram @thefolklore, @orangementorship e @vastok_29. Podem também acessar o site www.thefolklore.com e no menu seleccione MB PRIZE, a votação leva menos de 1 min”.
“Agradeço o voto de cada um dos leitores e peço-lhes que partilhem o link para que mais pessoas possam votar em mim e para que eu tenha mais chances de ganhar. E porque ‘Não se faz concurso só para passar, se faz até passar’ , assim como ‘O impossível é o possível que nunca foi tentado’ . Chega quem caminha. De tal forma, estou caminhando com determinação, jamais duvidando da minha capacidade de vencer”, disse.
Para conhecer mais do seu trabalho, acesse a sua página do Instagram “vastok_29” ou visite a sua página do Facebook “Jurema Ramos” (Vastok). Segundo a artista, é o pseudónimo do seu pai desde muito cedo. “Vastok significa oriente ou leste na língua russa e é o pseudónimo do meu pai, escritor e poeta desde tenra idade e que hoje eu assumo como meu também. E adoptei o Vastok precisamente pelo facto de oriente significar o ponto do Sol nascente, o leste, o levante, o alvorecer. Daí, o despontar de uma arte”.
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