Em vésperas de natal, a apresentadora do programa “Matabicho” – da TPA – Niurca Correia, manteve uma conversa aberta e bastante descontraída, onde contou à Chocolate Lifestyle desde a sua paixão pela Televisão e de que maneira gosta de passar o natal, revelando o significado que tem essa quadra festiva para si.

Bastante simpática e sorridente, Niurca Miquilina Correia Sazanga, de nome completo, nasceu aos 11 de Março, nas Ingombotas, em Luanda.
É apresentadora da Televisão Pública de Angola (TPA) há 11 anos e Engenheira Ambiental, empreendedora e proprietária da empresa METRONIYU, Lda.

Caracterizada como uma mulher de grande resiliência, Niurca sempre sonhou ser uma grande engenheira de minas ou arqueóloga, porém a veia comunicativa acabou por falar mais alto, uma vez que a paixão pela televisão foi nascendo à medida que ela ia passando de programa para programa, “comecei com o ‘Jovemania’ “ e o lado ambiental levou-a para o programa “A vida no Planeta”, também uma das suas áreas de exploração do saber.

Chocolate: Qual é a sua maior referência no mundo da Tv?
Niurca: A jornalista Christiane Amanpour da ABC NEWS, CNN, com uma carreira brilhante!
Chocolate: Como é que fazer o programa “ Matabicho”?
Niurca: O programa “Matabicho” é de facto um desafio que acentua a carreira de qualquer bom profissional da TPA. Fazer o “Matabicho” é uma mais-valia, dado o elevado grau de responsabilidade e complexidade do programa. Cresces a todos os níveis.
Chocolate: Qual foi o convidado que mais a marcou no programa até ao momento?
Niurca: Tive muito bons convidados no “Matabicho”. Não tem como destacar um ou outro, porém os que mais me chamaram a atenção foram: Albina Assis, Fernando Alvim, Ntony Ya-Nzinga, Ernesto Bartolomeu, Charles Bois Petit, Dom Afonso Nunes, Carlinhos Zassala, Kota Lamartiny entre outros.

Chocolate: Qual é o seu maior sonho?
Niurca: O meu maior sonho é ainda ser arqueóloga.
Chocolate: Qual é a sua formação profissional?
Niurca: Sou Ambientalista de formação académica. Engenheira Ambiental. E é de facto nesta experiência profissional que me revejo. Fazer comunicação social também é de facto uma experiência profissional maravilhosa!
Chocolate: É uma mulher bastante vaidosa?
Niurca: Não. Eu não sou vaidosa. Sou meio “Maria-homem”. Risos. Não sigo tendências, não estou dentro dos padrões habituais e quando estou muito formal, desmonto-me (risos).
Chocolate: O que é que não pode faltar no seu guarda-fato?
Niurca: Não podem faltar calças de ganga e mocassins ou ténis. Um bom look à vontade, para variar.
Chocolate: Se não fosse apresentadora o que seria?
Niurca: Se não fosse apresentadora seria comerciante ou daria seguimento à minha carreira de ambientalista ou aventureira de viagens inusitadas. Liberdade e terra.
Chocolate: Já pensou em desistir da sua carreira?
Niurca: Já pensei variadíssimas vezes em desistir da carreira.

Chocolate: Qual é a sua maior ambição na Televisão?
Niurca: A minha maior ambição na Televisão é ser colocada num lugar de relevância onde de facto possa alterar, influenciar, impactar ou insurgir directamente no curso televisivo.
Chocolate: Como gostaria de ser lembrada um dia na sociedade?
Niurca: Não sei se tenho essa ambição. Quero ser lembrada pela minha família e pelos meus filhos como alguém que mantinha a família unida. Isso basta-me.
Chocolate: Qual é o significado que tem o natal para si?
Niurca: O natal é a minha época favorita. Gosto muito desta altura do ano. Tenho boas memórias que de facto me remetem a união e confraternização.

Chocolate: Tem boas memórias dos natais da sua infância?
Niurca: Tenho. Das mais bonitas que possa dividir, íamos à ilha escolher um Pinheiro verdadeiro e o cheiro era agradável, apesar de não se fazer mais isso por causa da protecção e preservação ambiental, fica sempre na memória. Íamos comprar papel de lustre na Tabacaria Kibala ou na Livraria Sá da Bandeira para decorarmos a casa com correntes, fazíamos os bolos. Todos nós. Como uma família. Enfim, tempos que já lá vão!
Chocolate: Acontece o mesmo agora com os seus filhos?
Niurca: Não. Ainda são pequeninos. Mas já estou pronta para a fase de instrução e passagem de testemunho.

Chocolate: Já comprou presente para os pequenos?
Niurca: Ainda não comprei os presentes. Não tarda, assim o farei.
Chocolate: Que tipo de presente gosta receber nesta época?
Niurca: Dos mais simples possíveis. Nada pra casa, fogão ou electrodomésticos, nada disso. Gosto de facto daquelas prendas de personalidade, ou seja, algo que de facto dita quem sou, nunca o comum. Sou exigente. Risos.

Chocolate: Normalmente que tradições cumpre nesta época natalícia?
Niurca: Santa Ceia, comunhão com a família, Oração, árvore de natal, presentes, privacidade, arrumação de mesa, comida específica, doação de bens, férias!
Chocolate: Já a gora, qual é o balanço que faz do ano 2020?
Niurca: 2020 foi um ano muito estranho. Não se esperava nada do que vivemos e tudo aconteceu. Perdemos muitos. Perdemos o norte e parece que em algum momento da nossa vida tivemos de “restartar”. Abandonamos ideais e nos cingimos em seguir simplesmente. Não fomos donos das nossas vidas nem por um segundo. Porém, aprendemos a sentir a falta, aprendemos a perdoar mais rápido, aprendemos a nos distanciar mais do que já estávamos e aprendemos a sermos uma ilha.
Com certeza o balanço é negativo em relação as perdas inigualáveis todavia, positivo em termos de ensinamento.

Chocolate: Tem projectos fora da comunicação?
Niurca: Tenho vários projectos fora da comunicação social. Espero que o ano de 2021 seja melhor para que possam sair da gaveta. Não costumo falar deles porque envolve outras várias entidades, respeito esse lado.
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