A sonoridade da música angolana é cheia de ritmos, ritmos estes que, independentemente da música, faz a todos dar um pé de dança.
E hoje damos a conhecer o “reco reco”, um instrumento que pode parecer fácil de ser manejado.
Reco-reco – também conhecido como raspador, caracaxà ou querequexè (Brasil) – é um termo genérico usado para definir instrumentos idiofones cujo som é produzido por raspagem.

Em Angola, a forma mais comum é feita a partir de um pedaço de bambu ou uma pequena vara de madeira com cortes transversais. Raspar uma varinha nos cortes produz o som.
Outro tipo de reco-reco consiste num cilindro metálico com duas ou três molas estendidas na superfície; o som é produzido agarrando uma varinha, também feita de metal. Este modelo de reco-reco permite-lhe obter o prolongamento do som graças à vibração das molas. Outros instrumentos, por outro lado, estão equipados com um orifício inferior que permite ao músico alterar o som; o princípio é semelhante ao da cabaça do berimbau.

Existem outros modelos diferentes de reco-reco, alguns mais simples – como os raladores (o som é obtido a partir da simples fricção da varinha metálica) – outros mais complexos – como o amele Baiano, que consiste de uma pequena caixa de madeira com uma mola de aço estendida. O som é produzido pela embraiagem de mola, através da utilização de uma tampa de garrafa colocada sobre uma varinha de ferro.
Em Angola, um dos maiores músicos especializados no uso do instrumento é a cantor Bonga.
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