Com o passar dos anos, o ser humano tem se adaptado aos diferentes ambientes e ecossistemas aos quais é sujeito, mas o deste povo é completamente fora do normal.

Os povos Bajau são os primeiros humanos geneticamente adaptados a suportar as profundidades das águas sem a ajuda de materiais de mergulho, eles suportam até 5 minutos debaixo das águas sem respirar.
São conhecidos como “nómadas do mar”, vivem no mar há séculos e são os mergulhadores mais fortes, graças à sua selecção natural, indo a terra firme somente para a recolha de algumas matérias-primas e para fazer o comércio ou troca daquilo que pescam para a sua sobrevivência.
Quem nunca tentou suster a respiração e mergulhar o rosto numa banheira de água?
Naturalmente, o nosso corpo acciona de forma automática uma reacção de aflição, a chamada “resposta de mergulho” (a frequência cardíaca diminui, os vasos sanguíneos comprimem-se e o baço contrai-se, essa é uma reacção que ajuda a economizar energia quando se está em falta de oxigénio).
Para os Bajau isso não se aplica tão facilmente, pois 60% do seu tempo é passado dentro das águas, em até 70 metros de profundidade, e os mais velhos podem até mesmo suportar mais de 13 minutos, saindo rapidamente para respirar e mergulhar novamente.
Nenhum humano comum suportaria tais condições de vida, mas para os bajaus isso já acontece há milhares de gerações e todos possuem a mesma qualidade.
Eles vivem nas águas que cercam as Filipinas, a Malásia e a Indonésia, onde mergulham para pescar ou apanhar elementos naturais usados no artesanato. Mas ainda assim, não possuem lugares fixos, tendo muitas vezes de se deslocar e levar as suas casas quando as circunstâncias exigem. Foram realizados estudos para conhecer a origem da sua grande resistência respiratória.
Uma investigadora chamada Melissa Llardo viajou até à Indonésia e fez um estudo ao povo Bajau e de uma tribo vizinha chamada Salaun, comparando as suas amostras, e revelou os primeiros indícios de uma mutação de DNA e um baço 50% maior do que o tamanho normal, o que fornece aos bajaus uma vantagem genética para viver nas profundezas. O baço não consta entre os órgãos mais importantes do corpo humano, tecnicamente é possível viver sem ele (ajuda a sustentar o sistema imunitário e a reciclar glóbulos vermelhos).
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