Sina Teresa é Angolana, professora de Educação Física, formadora de professores fitness, empreendedora, fisioterapeuta, personal trainer e uma atleta IFBB-Pro, no fisiculturismo.

A atleta – que é esposa e mãe de um casal – descobriu o fisiculturismo nos anos 1980 e foi a partir desta data que a sua vida mudou.
Sina pratica esta modalidade há 6 anos, na verdade começou com o atletismo em 2001, como atleta de 100 e 200 m no Clube 1. ° de Agosto e na selecção nacional na mesma modalidade desde o escalão Júnior até ao Sénior.
Em 2016 encerrou a carreira de atletismo para se iniciar seriamente no fisiculturismo e foi neste período que competiu pela primeira vez na modalidade, categoria Wellness, em Portugal.
Em entrevista exclusiva à Chocolate, Sina Teresa contou um pouco sobre o seu percurso.
Sempre recebeu apoio familiar?
R: Graças a Deus sempre recebi o apoio familiar, ninguém foi contra as minhas decisões tomadas pelo fisiculturismo.
Não tenho nada de que me queixar. Por isso digo obrigada a Deus.
O fisiculturismo mudou a sua vida?
R: O fisiculturismo não transformou só o meu físico (moldar o corpo), mudou também a minha personalidade, o respeito que as pessoas têm por mim e pelo meu trabalho, o reconhecimento pelo os outros países no mundo fitness e da modalidade.
Quantas vezes competiu em Angola?
R: Apenas uma vez, em 2018, no campeonato nacional Angola Ultimate Class, na categoria Wellness, com títulos de campeã nacional, onde conquistei o cartão ELITE-PRO.
Como olha para o fisiculturismo Angolano?
R: Actualmente evoluiu bastante, mas ainda há necessidade de melhorar em alguns aspectos, apoios financeiros, estou a referir-me aos patrocinadores.
Falta realizar mais competições nacionais para possibilitar os atletas de ir competir internamente.
Não é admissível que o atleta se prepare durante um ano e só haja uma ou duas competições por ano.
Precisamos de patrocinadores dos eventos da modalidade. E por outra, mudar a mentalidade da sociedade (apoio moral e psicossocial).
Acha que já há muita gente a praticar este desporto no país?
R: Já existe um número aceitável, sim, principalmente do género masculino, infelizmente no feminino conta-se nos dedos.
Porque existem tabus, por falta de conhecimento, mentalidade infantil, ignorância sobre a modalidade.
As pessoas não pesquisam, só sabem criticar e nem olham para a modalidade como um desporto, mas sim como exibição e passatempo.
Já sofreu discriminação por ter um corpo bem definido ou por treinar o fisiculturismo?
R: Ainda sofro discriminação (risos), mas isso não me afecta. Eu olho para aquilo como um elogio, isso quer dizer que estou a evoluir.
Tem projectos na área do fisiculturismo?
R: Tenho sim, um deles é organizar uma taça em meu nome, investir no crescimento da modalidade e outros que não são para revelar por agora. Gosto de trabalhar no silêncio.
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