Frequentemente associada à magia, a técnica é reconhecida como um auxiliar para a cura de diversos males, incluindo doenças físicas.

A hipnose tem vindo a ganhar consultórios médicos e a ser vista como um procedimento sério, capaz de auxiliar no tratamento de diversos distúrbios, desde gastrite até à depressão.
É comum as pessoas acreditarem que a hipnose é um tipo de sono, mas os dois estados são absolutamente distintos e a tecnologia moderna comprova este fato a partir de achados electroencefalográficos, que mostram ondas cerebrais de formas, frequências e padrões diferentes em cada caso.
“Quando se fala em hipnose, a maioria das pessoas pensa logo em magia ou poderes paranormais. No entanto, essa técnica é hoje usada na medicina, com excelentes resultados”, explicam vários profissionais na área de saúde.
Também é dito que a hipnose é uma arte muito antiga, que permite o indivíduo entrar em contacto com o inconsciente de outra pessoa, desbloqueando os mecanismos de defesa. Por isso, a sua acção mais eficaz é na cura de doenças de origem psicossomática.
Histórico
A Hipnose é uma técnica conhecida desde a antiguidade, dos Egípcios aos Romanos. Em diversos períodos recebeu o rótulo de bruxaria e magia negra. Foi reabilitada recentemente e, nos últimos 20 anos, tem vindo a ser estudada seriamente.
Em Angola, apesar de parte da comunidade científica ainda desconhecer a sua eficácia, já podemos encontrar alguns profissionais na área da hipnose. Ela pode ser aplicada em hospitais, por exemplo no combate à dor, beneficiando as vítimas de queimaduras graves – que além de enfrentarem melhor as dores, recuperam-se muito mais rápido.
A hipnose pode tratar:
- gastrite;
- úlcera;
- alergias;
- ansiedade;
- gagueira;
- fobias;
- depressão;
- problemas com drogas;
- dificuldades de relacionamento;
- todas as doenças de origem psicossomática;
- e até alcoolismo.
Como é feita a Hipnose
Na verdade, ela não é feita com um pêndulo, como vemos em algumas cenas de cinema e animação. São usadas técnicas de relaxamento e de comunicação verbal para levar o paciente ao chamado transe, fase na qual os comandos cerebrais estarão nas mãos do inconsciente.
Mas também há o método de hipnose dinâmica, desenvolvido desde 1975, em Itália, para fins terapêuticos. Nesta técnica, aplica-se a comunicação não-verbal. Isso inclui: postura, gestos, ruídos e toques que descarregam e provocam tensão.
“Quanto mais tensa a pessoa fica, mais fácil é hipnotizá-la. Os extremos – relaxamento e tensão – aproximam-se. Além disso, pela hipnose dinâmica, o indivíduo chega à fase de indução em 3 a 4 minutos, enquanto o método tradicional leva de 20 a 30 minutos”, explicam os especialistas.
Quanto tempo pode durar?
A duração das sessões varia para cada caso. Primeiro, o paciente passa algumas informações ao médico em estado consciente e depois comunica com ele sob indução hipnótica.
Essa indução pode ser feita de diversas formas. Seja concentrando-se num objecto (caso do pêndulo), seja através de estímulos sonoros ou técnicas de respiração e relaxamento.
Durante a sessão, a pessoa fica hipnotizada o tempo que for necessário. E a qualquer momento o médico pode interromper o processo, pois cada paciente tem um nível de tolerância da mente.
“O importante é que a pessoa queira curar-se por meio da hipnose, pois ninguém pode ser hipnotizado se não quiser”, reforçam os especialistas.
O tempo de tratamento também varia. Mas, segundo os especialistas, dura no máximo alguns meses para chegar aos resultados que a psicoterapia convencional levaria anos a atingir.
Comentários recentes