Halle Bailey fala sobre ser a nova princesa da Disney negra em “a pequena sereia”

Janilson Duarte
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Antes de Halle Bailey, apenas uma actriz negra, Anika Noni Rose, havia sido coroada princesa da Disney (como Tiana, em “A princesa e o sapo”), daí Bailey entender a importância de quebrar as barreiras nas vestes de Ariel em “A pequena sereia”

“Quero que a menina em mim e as meninas como eu que estão a assistir saibam que são especiais e que devem ser princesas em todos os sentidos”, diz Bailey. “Não há nenhuma razão para não as serem. Esta garantia era algo de que eu precisava.”

É isto mesmo, a jovem de 22 anos, Halle Bailey, tem sobre os seus ombros a responsabilidade de levar às telas a história de uma das principais princesas da Disney a uma nova geração de fãs de cinema.

A notícia foi bem recebida pela a maioria dos fãs, embora existam aqueles que se opuseram, condenando a perspectiva de uma princesa sereia negra, com a hashtag #NotMyAriel (“Não é a minha Ariel”).   

É uma crítica dolorosa tanto para Bailey, quanto para a sua família, que se uniu contra a reacção negativa.“É importante”, disse a sua irmã Chloe, “ter um forte sistema de apoio ao seu redor. É difícil carregar o peso do mundo sozinho.”

Os seus avós também confortaram Bailey, com as suas memórias de discriminação e racismo que enfrentaram nas suas vidas. “Foi inspirador e lindo ouvir as suas palavras de encorajamento, a dizer-me: ‘não entendes o que estás a fazer por nós, pela nossa comunidade, por todas as meninas negras e mestiças que vão rever-se em ti”, lembra Bailey.

O filme “A pequena sereia” está programado para estreia nos cinemas este Verão. A estreia marca de igual modo um ponto crítico na carreira de Bailey enquanto salta da música para o estrelato do cinema.

Filmar “A Pequena Sereia” foi uma grande experiência para Bailey, que tinha 18 anos quando fez o teste e 21 quando terminou a produção. “Quando me mudei para Londres, aprendi muito sobre mim mesma”, disse. A filmagem no Reino Unido e em Itália foi a mais longa longe da sua família em Los Angeles – e a filmagem foi emocional e fisicamente exigente. “Foi um choque porque eu nunca tinha feito nada assim antes.”

Bailey tornou-se conhecida a fazer covers de músicas populares com a sua irmã mais velha, Chloe, que publicavam no YouTube, enquanto ainda eram adolescentes, há mais de 10 anos.

Quando criaram a sua versão de “Pretty Hurts” de Beyoncé, que se tornou viral, as irmãs Bailey e Choloe assinaram um contrato com a gravadora da cantora, a Parkwood Entertainment.  

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