Conversámos com Janeth Meio-Dia, a jornalista apaixonada por Angola e pela comunicação social.

Janeth Meio-Dia é estudante do 4º ano do curso de Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto e viralizou nas redes sociais durante a abertura da nova rede de televisão angolana “Rede Girassol”.
Idade: 25 anos
Como é que entrou para o jornalismo?
A minha primeira experiência e oportunidade de trabalho começou na “Rede Girassol”. Estudei Comunicação Social durante três anos no Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL). Após concluir o ensino médio, fui para a universidade Agostinho Neto, formar-me no mesmo curso.
Qual é a sensação, ao tornar-se viral nas redes sociais?
Não me passou pela cabeça que a minha aparição pública tivesse este impacto todo. Mas gosto disso, porque são as pessoas a verem e ouvirem uma pessoa com deficiência na TV e Rádio – que geralmente são colocadas num grupo de pessoas que não podem e nem sabem fazer nada, para além de pedir. Eu apareço para mostrar uma realidade diferente daquela a que as pessoas estão acostumadas.
Entre as pessoas com deficiência existem também aquelas que trabalham e vão em busca da realização dos seus sonhos e dão no duro para conquistar o que têm.
Como olha para a questão da inclusão social da pessoa com deficiência física em Angola?
No que diz respeito à inclusão social da pessoa com deficiência física em Angola, ainda há um caminho longo por se percorrer. Vivemos numa sociedade, infelizmente, preconceituosa. Temos uma
legislação que defende os direitos da pessoa com deficiência, mas apesar disto, falta fiscalização durante a sua aplicação.
Que palavras ou frases a definem?
Eu gosto muito do “Eu Sou”, eu sou muito eu, eu sou o que sou. São frases que têm muito a ver com o facto de eu ser uma pessoa com deficiência. Uma pessoa que cresce com tendências para a discriminação, porque a sociedade é preconceituosa.
Alguma vez se sentiu limitada pela sua condição física?
Eu não me sinto limitada de forma nenhuma. Claro que fisicamente eu tenho algumas limitações, mas psicologicamente e emocionalmente não. É normal, nem todos podemos tudo.
Qual é o seu país do sonho?
Angola. Antes de conhecer qualquer outro país do mundo, eu quero por começar pela minha Angola, para poder falar com propriedade do meu país.
Perfume de eleição?
Eu escolho em função do aroma, não tenho perfume de eleição.
Acessórios preferidos?
Brincos e anéis.
Como define o seu estilo?
Gosto de usar vestidos justos.
Normalmente, onde é que faz as suas compras?
Desde que eu tenha contacto com uma peça de roupa de que gosto, o lugar é indiferente (lojas, mercados…).
Look preferido para um dia de trabalho?
Gosto muito de um look que envolva saltos altos.
O que faz nos tempos livres?
Ler, ouvir música e ver televisão.
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