“A tecnologia deve melhorar e não prejudicar as experiências de aprendizagem e o bem-estar de alunos e professores”, lê-se no relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para Educação.

Na pesquisa denominada “Tecnologia na Educação”, a UNESCO afirma que esta proibição não rejeita a tecnologia, porém, os benefícios que estas trazem podem tornar-se em malefícios quando usados de forma excessiva e sem a orientação de um professor, gerando péssimo desempenho académico e efeitos negativos na estabilidade emocional das crianças.
“Temos de ensinar as crianças a viver com e sem tecnologia; a tirar o que precisam da abundância de informação, mas a ignorar o que não é necessário; a deixar a tecnologia apoiar, mas nunca suplantar as interacções humanas no ensino e na aprendizagem”, defende Manos Antoninis, director da equipa que elaborou o relatório.
A directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, considera que a revolução digital tem um potencial imensurável, mas, tal como foram feitos avisos sobre a forma como a sociedade deve usar as tecnologias, deve ser dada a mesma atenção à forma como estas são utilizadas na educação.
O uso dos telemóveis, em contexto escolar, sempre foi visto como uma questão sensível, sendo muitas vezes levada a debate. Apesar dos vários debates em torno desta temática, um em cada quatro países do mundo proibiu o uso de telemóveis nas escolas, de acordo com o documento da agência da ONU. Sendo assim, esta defende banir o objecto mundialmente. Proteger as crianças de episódios de bullying e impedir perturbações nas salas de aula são as razões apontadas para esta proibição.
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