As palavras são da empresária Tchizé dos Santos, fundadora da “Revista Caras” em Angola. Tchizé destaca Oprah Winfrey como a sua grande referência no mundo da comunicação e expressa que realizou o sonho de ser uma espécie de Oprah Winfrey para o mercado angolano.

Welwitscha José dos Santos, conhecida como Tchizé dos Santos, formou-se na cidade de Londres em comunicação social e desde essa altura que é uma das figuras mais notáveis e com mais feitos dentro da imprensa angolana.
C.H: Quem foram as referências que marcaram e ainda marcam o seu percurso como profissional de comunicação?
Tchizé: A minha grande referência no mundo da comunicação é sem sombra de dúvidas a Oprah Winfrey. Eu sonhava ser uma espécie Oprah Winfrey para o mercado angolano (excepto a parte de ser apresentadora de televisão) e hoje sinto que de certo modo consegui realizar o meu sonho se olharmos para os seguintes factos:
*Records de audiência na TV a nível internacional.
*Records de audiência na imprensa escrita e nas redes sociais.
*Criação de 2 canais de televisão, um dos quais próprio.
*Contribuição na Formação da maioria dos melhores quadros do país no ramo de áudio visuais e imprensa social. Creio que fui bem-sucedida e sinto-me realizada a esse nível.
C.H: É a fundadora da versão angolana da revista “CARAS” que é por sinal uma das suas primeiras apostas. Pode explicar-nos mais sobre do processo de criação e vida da revista?

Tchizé: Comecei o projecto “CARAS” em 2004. Era eu exclusivamente a decidir cada capa da revista em cada semana durante todos os seus doze anos de existência com mais de 650 números impressos. Também era eu que decidia sobre a produção dos eventos da revista. Obviamente que éramos uma equipa que foi formada pelos detentores da marca “CARAS” quer o Master da Marca na Argentina e Brasil, quer a representação da revista em Portugal. A “CARAS” foi uma grande escola para muitos dos melhores profissionais de comunicação social, de produção de eventos e também de merchandising em Angola. Fomos formados e as pessoas por nós formadas também formaram e até hoje formam muita gente, muitos dos quais hoje têm os seus negócios no ramo da comunicação social, eventos, publicidade e até decoração devido ao que aprenderam na “CARAS”.
Posso afirmar sem medo de errar que a CARAS formou os melhores quadros e elevou a fasquia da qualidade de imprensa social, de imprensa fotográfica e de imprensa do país no geral.
Também era o órgão que melhor renumerava os seus colaboradores.
“A TPA internacional foi o meu projecto mais importante por ter mudado a história da televisão nacional”
C.H: Dos vários projectos criados em Angola na área da comunicação, qual deles mais destaca e porquê?

Tchizé: Dos projectos de media que implementei, o que mais se destaca é sem dúvidas a TPA Internacional. Fez história por ter sido o primeiro canal internacional do país e o único durante muito tempo. Os outros também foram importantes, mas a TPA internacional foi o meu projecto mais importante por ter mudado a história da televisão nacional.
Depois houve a mudança da TPA2 onde 90% do conteúdo lançado em 2008 era minha propriedade intelectual, seguiu-se a VIDA TV onde tive um papel menos activo do ponto de vista técnico. Antes disso houve a revista CARAS e a revista TROPICAL. Tenho de mencionar igualmente o Lifestyle em português que é um projecto muito inovador e até bastante arrojado por também ter sido o primeiro projecto com essas características.
C.H: Voltaria a apostar na comunicação social em Angola, como por exemplo num canal televisivo?
Tchizé: Esperaria por um melhor momento para colocar o Lifestyle em Português na TV, já que da última vez que tentei foi mandado tirar do ar.



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