Efeitos ergogénicos da cafeína no desempenho físico

Edwilson Pinho
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Tem se tornado cada vez mais perceptível a importância da prática de exercícios físicos regulares, para que a prática dos exercícios seja benéfica, tanto em casos dos atletas quanto para os praticantes regulares, são necessários fundamentos básicos para a obtenção de resultados positivos, como a continuidade e a qualidade do treinamento, neste caso considerando os objectivos do praticante ou do atleta, contando também com factores como o descanso, horas de sono adequadas e uma alimentação que supra as necessidades energéticas destes indivíduos.

Mesmo seguindo os aspectos acima citados, podem ser insuficientes para que os objectivos da prática sejam alcançados como o esperado. Inúmeros  estudos são publicados em velocidade significativa para investigar a eficiência de diferentes agentes ergogénicos que possam contribuir para melhoria da performance e do desempenho físico ou atenuar os mecanismos geradores de fadiga têm sido amplamente estudados.

Entende-se por recursos ergogénicos substâncias usadas na tentativa de aumentar a potência física, a força mental e a eficácia mecânica, estes recursos podem ser classificados como nutricionais, mecânicos, físicos e psicológicos. Existem várias substâncias que podem ser usadas como recurso nutricional, como por exemplo, alguns macronutrientes como os hidratos de carbono, proteínas e lípidos. Também podem ser utilizados alguns minerais e vitaminas. Dentre estes recursos estão presentes os chamados recursos ergogénicos populares, como a cafeína.

Mesmo não tendo nenhum valor nutricional, a cafeína resulta em diversos efeitos, dependendo da dosagem ela pode ser benéfica ou não. Quando consumida em baixas quantidades (2mg/kg), aumenta o estado da concentração, diminuição da sonolência, alívio da fadiga, melhora do humor, aumento da respiração e aceleração do metabolismo. Segundo alguns estudos os autores afirmam que pessoas que usam a cafeína se sentem mais fortes e competitivas, acreditam que podem realizar um esforço mais prolongado antes que ocorra o início da fadiga e que, caso estejam fatigadas antecipadamente, a fadiga é reduzida.

O uso de cafeína por atletas tornou-se evidente nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984) quando alguns membros da equipa de ciclismo dos Estados Unidos declararam publicamente terem usado a cafeína como estimulante durante as competições. O uso dessa substância tem-se tornado mais comum nos últimos anos, particularmente por atletas que disputam provas de ciclismo e corredores de longa distância.

O efeito ergogénico sobre o desempenho tem sido evidenciado após a ingestão aguda de doses de cafeína ente 5 e 6 mg/kg de peso corporal. Tais quantidades produzem concentrações de cafeína na urina abaixo dos limites estabelecidos pelo COI (Comite Olímpico Internacional) para detecção no doping.

Vale ressaltar que diversos factores, como as dosagens de cafeína empregadas, o tipo de exercício físico utilizado, o estado nutricional, o estado de aptidão física individual, além da tolerância à cafeína (estar habituado ou não à cafeína) podem influenciar o desempenho desportivo. É possível afirmar então que a cafeína é um ergogénico eficiente, além de ser barato e de fácil acesso. Contudo, necessitam ainda mais estudos nessa área, para que possa concluir os exatos efeitos que a cafeína exerce sobre a performance durante os exercícios.

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