Covid Art Museum (CAM) é virtual e o primeiro museu criado em período de quarentena, que já reúne trabalhos de artistas de todo o mundo, onde cada criador retrata como está a viver o isolamento social.
Num momento em que tudo se reinventa, também novas formas de divulgar arte começam a surgir e esta é uma delas, através de uma conta no Instagram que já possui 35 mil seguidores.
Do desenho à ilustração, do vídeo à fotografia, o CAM quer mostrar como se vive em quarentena e ser um arquivo sobre o surto da pandemia mundial, porque “a arte nunca morre”.
A ideia surgiu através de três publicitários de Barcelona, Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrero, logo nos primeiros dias de quarentena.
“Apercebemo-nos que muitos dos nossos conhecidos estavam a usar a arte para se evadir. E rapidamente percebemos, que não eram só os nossos conhecidos, com a quarentena, a produção de arte estava a disparar”, explicam, em comunicado.
São os três que fazem a curadoria dos milhares de trabalhos partilhados no Covid Art Museum (CAM) por dia, com critérios de selecção, que consiste em escolher obras que tenham sido feitas durante a quarentena, que transmitam e reflitam o que estamos a viver e a sentir. Qualquer artista pode enviar os seus trabalhos.
As obras que chegam a Emma, Irene e José, transportam mensagens de todo o tipo: “muitos falam de amor e união, outros procuram consciencializar; outros têm um enfoque mais cómico ou são simplesmente observações curiosas deste novo cenário em que nos encontramos”, contou o trio à revista espanhola, Yorokobu.
Por serem tantas as interpretações, os criadores do museu não fazem limitações em relação às técnicas utilizadas. Mas, independentemente das técnicas, há elementos que se repetem em diversas obras.
Quando a pandemia terminar, os criadores almejam continuar com o lema “A Arte Nunca Morre”.
Em breve, tencionam ter dados de afectados pelo covid-19 e indicadores económicos sobre o que aconteceu, mas, principalmente, querem que o museu funcione “como um arquivo”, para contar “o que as pessoas viveram, sentiram e como se expressaram”.
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