O dreadlock casando com a moda e a cultura

Ndongala Denda
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O dreadlok, lock-dread, ou simplesmente rasta, é o tipo de cabelo que se adapta a todo o estilo de vida. Os anos passam e a tendência tornou-se um clássico da moda.

No século XX, o penteado com mechas misturadas ganhou fama mundial através do movimento cultural rastafári e os fazedores de arte que aderiram a esta cultura. Mas há centenas de anos foi um ícone nos homens da Antiga Etiópia, os indianos adeptos do sadhu, budistas do Japão, os maori da Nova Zelândia e os muçulmanos Baye Fall do Senegal, que faziam os dreadlok como forma de intimidar os seus inimigos.

O dreadlock é um estilo habitual para os guerreiros de uma tribo queniana, representando o orgulho da raça negra e a valorização da herança do continente berço.

Atualmente, o look é visto em muitos famosos. Falamos de Lenny Kravitz por ser mais adepto do rock, o antigo ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, Willow Smith e Jaden Smith, os filhos de Will and Jada Smith.

No nosso país, por volta dos anos de 2014 e 2016, o hip-hop e o impacto do Big Brother Angola-Moçambique, trouxeram para moda os dreadlock para a camada juvenil. Os videoclipes de NGA, revolucionou a new school que através dos seus artistas ditaram tendências que também muitas cantoras angolanas entraram na onda como Abiude que é a sua imagem de marca e a Diva Ary por uma ocasião especial.

Mas fora as nossas celebridades, há uma comunidade rastafári em Angola há mais de 30 anos, cujo penteado é uma tradição e anualmente eles têm o seu dia de manifestação cultural. Mas de facto os dreadlocks vão muito além, pelo significado implícito que sempre levaram, que é a luta constante contra o sistema opressor.

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