Afrocult J.D projectam abrir um atelier de artes plásticas

Ndongala Denda
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Pela força de vontade que os une e surpreendendo aos poucos o público nos últimos dois anos, – mostrando ao país que de facto são uma das jovens promessas das Belas Artes e da moda em Angola – o grupo Afroculte J.D, constituído pelos irmãos Davi e Josué Dombele, Jilson Feijó e Merson Seabra, tem previsto para Julho o desafio de mostrar o que valem com a abertura do atelier da marca mesmo no centro de Luanda.

O objectivo deste projecto é provar às pessoas que admiram o Afroculte J.D que esta não é apenas uma marca de roupas, pelo contrário, atende a várias artes, com ênfase nas artes plásticas.

Depois de tanta luta por um espaço próprio e para registar uma empresa no mercado, é chegada a hora de concretizar um sonho de anos.

O mesmo atelier responderá a certas demandas socioculturais, especificamente o ramo das artes plásticas. Vamos atender entre vários serviços como quadros de artes, esculturas, gravuras etc. Têm previsões de abrir o atelier em tempo de calamidade, mas só estará exposto ao público quando as medidas de prevenção forem acauteladas“, avançou Davi Dombele, o porta voz do grupo.

Nós somos autodidatas, começámos a desenhar com sete anos e como artistas plásticos começámos em 2016. Aprendemos a pintar pela internet, com vídeo aulas, e a nossa primeira mostra foi na rua, numa praça do nosso bairro e meses depois, passámos a expor no pátio de um supermercado“, esclareceu Davi Dombele, cujas obras despertaram a atenção da empresária Vina Criolo, que no ano de 2017, enquanto promovia um dos seus eventos, convidou a dupla e apresentou-os ao renomado Guilherme Mampuya.

Em 2018, o quarteto lançou-se na moda com a marca de roupas “Afro J.D” e, inesperadamente, a marca teve um feedback positivo do público, rendendo-lhes o convite para apresentarem a sua colecção no “Moda Luanda 2019”, onde rostos como Whitney Shikongo e Marisa Gonçalves desfilaram para a marca.

No mesmo ano, a dupla foi reconhecida com o troféu “Angola 35 Graus”, – considerada a maior gala de homenagem a jovens com menos de 35 anos – na categoria de Cultura e Artes.

“Graças à arte nós somos independentes, pagámos a nossa formação do Ensino Médio de Artes muito cedo e é graças à arte que conseguimos construir a casa da nossa mãe, porque vivemos disso”, frisou Davi Dombele.

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