Obras de Mestre Kapela na Bienal de São Paulo

Janilson Duarte
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A Bienal de São Paulo é uma das exposições mundiais de artes plásticas mais antigas e conhecidas do mundo.

A exposição internacional, que reúne mais de mil e cem obras artísticas de 91 artistas vindos de trinta e nove países de todos os continentes, vai integrar sete obras do artista Angolano Paulo Kapela, até ao dia 5 de Dezembro. Mestre Kapela morreu em Novembro de 2020 por conta da Covid-19.

As sete obras feitas sob as técnicas de desenho, colagem, pintura sobre cartão, tela e papel, até ao momento não têm título. Mas transmitem emoções sociais, políticas, espirituais e religiosas e serão representadas pela colecção Hall de Lima, abertas a visitas desde Sábado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, Brasil.

As obras de Mestre Kapela na 34ª Bienal de São Paulo resultam de um convite que a colecção Hall de Lima, representada por Nuno Pimentel e Cremilda Hall Liam, recebeu para representar Angola, com a cedência temporária de sete obras de Kapela, distinguido em 2020 com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, atribuído pelo Governo de Angola.

Segundo Nuno Pimentel, a exposição destas obras é uma forma de eternizar o grande Mestre Kapela; pois foi das suas mãos que vários artistas Angolanos aprenderam a fazer os primeiros traços.

Inicialmente prevista para 2020, mas adiada por conta da pandemia, a Bienal tem como tema deste ano a frase “Faz escuro mas eu canto”, um verso do poeta amazonense Thiago de Mello, escrito em 1965.

Além das obras de arte, a Bienal exibe ainda 14 “enunciados”, instalações que contam histórias com a ajuda de objectos diversos. O primeiro é composto por três objectos pertencentes ao acervo do Museu Nacional que sobreviveram de diferentes formas ao incêndio, entre eles o meteorito Santa Luzia, o segundo maior objecto espacial conhecido no Brasil.

As visitas, gratuitas, não precisam de ser agendadas, mas é obrigatório o uso de máscaras e a apresentação de um comprovativo de vacinação contra a Covid-19, com pelo menos uma dose, para a entrada no pavilhão.

O público pode optar por visitas livres ou participar de visitas mediadas, que ocorrem sem agendamento e em horários fixos, além de visitas temáticas, mediadas por profissionais de diferentes áreas.

No final da mostra, a curadoria da Bienal vai lançar um livro com fotos e textos sobre os artistas participantes.

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