Manuel Rui Alves Monteiro regressa com nova obra literária

Janilson Duarte
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Manuel Rui Alves Monteiro nasceu na cidade do Huambo a 4 de Novembro de 1941. Efectuou os seus estudos primários e secundários no Huambo, seguindo para Portugal, onde estudou Direito na Universidade de Coimbra, terminando o curso em 1969. Enquanto estudante, foi activista cultural da Casa dos Estudantes do Império (CEI), participou em acontecimentos literários e políticos, tendo sido preso por dois meses em Portugal. Exerceu advocacia em Coimbra e Viseu.

Foi membro da redacção da revista Vertíce, fez parte da direcção da Editora Centelha, participou em trabalhos do Centro de Estudos Literários da Associação Académica de Coimbra em 1969 e coordenou o “Sintoma” (suplemento literário do Jornal do Centro).

Regressou a Angola em 1974, onde foi Director Geral da Informação e Ministro da Informação no Governo de Transição. Após a independência, ocupou diversos cargos, entre os quais o de Director da Faculdade de letras do Lubango e do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED). Foi também professor universitário e jurista.

As suas obras publicadas são: Poesia sem Notícia (1967); A Onda (1973); Regresso Adiado (1973); 11 Poemas em Novembro. Ano Um (1976); Sim, Camarada (1977), 11 Poemas em Novembro. Ano Dois (1977); A Caixa (1977); 11 Poemas em Novembro. Ano Três (1978); Agricultura (1978); 11 Poemas em Novembro. Ano Quatro (1979); Cinco dias depois da independência (1979); Memória de Mar (1980); 11 Poemas em Novembro. Ano Cinco (1980); 11 Poemas em Novembro. Ano Seis (1981); Quem me dera ser onda (1982); 11 Poemas em Novembro. Ano Sete (1984); Cinco vezes Onze Poemas em Novembro (1985); 11 Poemas em Novembro. Ano Oito (1988); Crónica de um Mujimbo (1989); 1 Morto & os Vivos (1992); Rio Seco (1997); Da Palma da Mão (1998); Assalto (s.d.); Saxofone e Metáfora (2001). As suas obras têm dado um grande contributo para o enriquecimento para a literatura angolana

Desta vez o artista-escritor volta a brindar a literatura Angolana com mais uma das suas obras poéticas, reflectindo sobre a fome e o amor. O livro “Do Rio Ao Mar” vai ser lançado na data em que a cidade capital, Luanda, celebra 446 anos de existência.

Trata-se de um poemário e será apresentado hoje, às 17h00, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.

Neste livro, o escritor de 81 anos dá matrizes clássicas e serenas ao Português e, em contraponto, ecoa aventuras e ressonâncias míticas, deixando-se envolver pelos “traços rupestres” de Ondjaki, que ilustram a obra. Como diz o próprio: “a velhice está na mente e não na idade”. Após ter lançado dois trabalhos em Novembro do ano passado, o romance “O Benguelense Boxeur” e o conto “Tio Jorge e outros quês”, Manuel Rui Monteiro está de volta à União dos Escritores Angolanos.

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