Em conversa com a escritora Ottoniela Bezerra

Janilson Duarte
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Nesta conversa com a Revista Chocolate, a autora do livro “Tudo o que eu diria se me quisesses ouvir”, Ottoniela Bezerra, fala desta sua mais nova obra, cujo lançamento está previsto para o dia 7 de Outubro, no Edifício Kilamba, Marginal de Luanda.

Chocolate: Fale-nos um pouco de si.

Ottoniela Bezerra: Nascida em Luanda aos 24 de Dezembro de 1990, sou licenciada em Direito pela Universidade Metodista de Angola e pós-graduada em Contratação Pública pelo Centro de Estudos em Direito Público, da Universidade Coimbra. Casada, terceira filha de quatro irmãos, mãe de duas meninas e autora de quatro obras literárias.

Chocolate: Como foi o início da Ottoniela Bezerra na literatura?

Ottoniela Bezerra: Apaixonada por livros desde criança, escrevi o meu primeiro conto “Retratos de uma mulher (in)comum aos 16 anos, tendo vindo a publicá-lo seis anos mais tarde, em 2013. Este livro, no estilo prosa, mais propriamente contos, abordou diversas temáticas de forma descontraída, porém apelativa, tais como a importância de uma base familiar estruturada, o assédio sexual no local de trabalho, conflitos pessoais internos, a importância da escolha de uma profissão, o primeiro emprego, entre outros. Abordou igualmente nesta obra, temas ligados à saúde, como a discriminação sofrida pelos portadores de doenças infecto- contagiosas – desde esse momento, nunca mais parei.

Em 2015 publiquei o meu segundo livro, “Amor Vincit Omnia”, em 2017 o terceiro e primeiro infantil, “Luara – A princesa de Luanda” –  e neste momento preparo-me para publicar o quarto: “Tudo que eu te diria se me quisesses ouvir”

C.H: Por favor fale-nos um pouco sobre a sua obra “Tudo o que eu diria se me quisesses ouvir”.

O.B: O livro aborda a minha visão pessoal e crítica sobre diversos temas.

Uma viagem pelo Universo da prosa poética que é um género literário híbrido, sem rimas e sem métrica, que são características da poesia.

A autora leva o leitor a reflectir em 160 páginas, com bastante subtileza, sobre diversas temáticas, navegando entre auto-ajuda, auto-conhecimento e críticas sociais sobre as relações interpessoais em sociedade.

Chocolate: Como surgiu a ideia inicial para a criação desta obra?

Ottoniela Bezerra: Já estou há 5 anos sem publicar um livro e durante estes cinco anos houve este apelo por parte dos leitores – na sequência dos posts matinais diários de auto-ajuda e motivacionais, que partilho nas minhas páginas e perfis de redes sociais – para escrever um livro deste género literário.

Decidi escrever este livro no género prosa poética, aprendi bastante e espero que os leitores gostem e que sobretudo se identifiquem.

Chocolate: É uma série ou volume único?

Ottoniela Bezerra: Inicialmente penso que se esgotará num único volume, mas pode ser que mude de ideias.

Chocolate: De onde veio a inspiração para escrevê-lo?

Ottoniela Bezerra: Do quotidiano, das situações correntes da vida, das histórias que ocorrem à nossa volta.

Chocolate: Está a planear novos livros depois deste lançamento?

Ottoniela Bezerra: Estou sim. Já tenho outros livros na forja.

Chocolate: Como é o seu processo criativo?

Ottoniela Bezerra: Sou bastante observadora e escrevo apenas quando estou em silêncio. De manhã sou mais activa e procuro ler bastante para activar a minha criatividade. 

Chocolate: Quanto tempo levaram as pesquisas, até finalizar o livro?

Ottoniela Bezerra: Este livro começou a ser escrito em 2018.

Chocolate: Um livro.

Ottoniela Bezerra: A Lua de Joana”.

Chocolate: Um/a autor/a.

Ottoniela bezerra: Seria citar apenas um, mas admiro vários. Ondjaki, Manuel Rui e Margarida Rebelo Pinto.

Chocolate: Um actor ou actriz.

Ottoniela Bezerra: Viola Davis.

Chocolate: Um filme.

Ottoniela Bezerra: “O guarda-costas”.

Chocolate: Um dia especial.

Ottoniela Bezerra: O nascimento das minhas filhas.

Chocolate: Um desejo.

Ottoniela Bezerro: Ver o meu país desenvolvido

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