Aysha Jhanne: a rainha angolana do Dancehall

Janilson Duarte
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Albertina Costa é Aysha Jhanne, uma bailarina angolana que vive em Portugal. É pioneira e uma das principais referências do estilo dancehall do país lusitano.

A bailarina, professora e coreógrafa Albertina Costa, ou simplesmente Tina, nasceu para dançar ao ritmo de África, com uma carreira que começou há mais de uma década.

Hoje, com 32 anos, ela harmoniza movimento e emoção nas suas aulas de salto alto – uma expressão feminina outrora perdida no mundo do dancehall. Tina apanhou a “febre da TV” participando no programa “Achas que sabes Dançar?”, mais uma experiência que apoia os planos criativos do próprio Centro de Artes (ainda em construção).

“Encontrei uma cultura mais liberal. Também é muito machista, mas as mulheres são muito sensuais e sexualmente expressivas”, disse ela, voltando ao processo de resgate fundamental para a sua carreira.

“Ao estudar essa cultura dancehall, comecei a perceber que tinha muito a ver com a minha personalidade e a minha cultura como mulher angolana. Reconectar-me entre os 22 e os 26 anos fez-me sentir nostálgica, aprofundou e demonstrou o poder da dança como campo de autoconhecimento, consciência e transformação”.

Aysha começou a dançar no início de 2000, aos 12 anos, depois de ingressar no grupo de dança afro “Pioneiros da Tabanca”. Cinco anos depois, em 2005, foi seleccionada por Max Oliveira e Rita Spider para integrar o grupo de hip hop “Chill Out Dancers”.

O talento que ela mostrou e as respostas que recebeu confirmaram que a dança era parte do futuro de Aysha. O seu percurso mais consistente pela dança de rua começou em 2006.

A bailarina tornou-se professora na escola DanceFact, de Max Oliveira, apresentando hip hop, salto alto e estilos de dancehall, depois de ter passado pelo primeiro grupo de dancehall em Portugal, o Queensta, e no primeiro clipe do rapper angolano Daboless. Paralelamente, fundou o grupo Bad Like Yaz, que foi o foco da promoção do dancehall em Portugal.

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