É já amanhã (30.06) a cerimónia de lançamento do novo livro do escritor José Luís Mendonça, às 16h00, na livraria Mayamba, em Luanda. Citado pelo Jornal de Angola, o livro “As Metamorfoses do Elefante” é uma efabulação da história da Angola pós-colonial, desde a independência até aos dias presentes da grande pandemia que, neste romance curto, adquire o título jocoso de “Surriso” (surto de riso).

O Elefante representa o poder com rostos diferentes, mas com o mesmo sentido autista da governação, num país africano moldado pela vendeta do 27 de maio de 1977, cuja herança maior é a repressão política.
A trama da narrativa gira em torno dos sete sonhos de um dos personagens, sonhos esses que revelaram, ainda antes da independência, um futuro de horrores nos quais o seu irmão, acabado de regressar do exílio da luta de libertação, nunca pôde acreditar: a criação de um Estado predador, com elites diametralmente opostas e dissociadas dos governados, com um sistema de governo afastado do ideário do Movimento de Libertação.
Bibliografia do autor
José Luís Mendonça é escritor e jornalista, nasceu a 24 de Novembro de 1955, na província do Cuanza -Norte, no Golungo-Alto. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, tem vindo a exercer também o jornalismo nas colunas de diversos jornais angolanos. As suas preocupações sociais explicam a sua condição de funcionário superior da UNICEF, onde é assistente de informação.
Tendo publicado o seu primeiro livro (“Chuva Novembrina”) em 1981, integra a denominada “novíssima geração”, expressão escolhida para designar o conjunto de jovens que começaram a despertar no início dos anos 80 para o que é literário.
Escritor prestigiado, membro da União de Escritores Angolanos, José Luís Mendonça também publicou as seguintes obras: “Chuva Novembrina” (em 1981), edição do INALD, galardoado com o prémio de poesia “Sagrada Esperança – 1981”, no concurso de literatura Camarada Presidente; “Gíria de Cacimbo”, Prémio Sonangol de Literatura, edição da União de Escritores Angolanos; “Respirar as Mãos na Pedra” (1989), grande prémio Sonangol de Literatura de 1988, edição da União de Escritores Angolanos; “Quero Acordar a Alva” (1997), edição do INALD, prémio de Literatura “Sagrada Esperança – 1996” (ex-aequo com “Se a Água Falasse”, de João Maimona); “Logaríntimos da alma. Poemas de amar” (1998); e “Ngoma do Negro Metal” (2000), Edições Chá de Caxinde.
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