Amina Muaddi: a designer de sapatos que viraram HIT pelos saltos geométricos

Karima Pires
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Amina teve a sua infância entre a Jordânia e a Romênia, e hoje vive entre Milão e Paris.

A designer do momento desenha sapatos exuberantes que têm como marca registrada saltos altos com um toque geométrico.

Muaddi ganhou o prémio Footwear News Achievement Awards na categoria de “Designer do ano”.

A sua marca foi anunciada no próprio perfil do Instagram (@aminamuaddi), em agosto do passado. Os seus sapatos chamaram a atenção por serem ao mesmo tempo luxuosos e cool: o design geométrico do salto virou instantaneamente marca registrada de Muaddi, que há quatro anos também assina a linha de sapatos ultrassexy do estilista francês Alexandre Vauthier.

Dois dias depois de anunciar a marca, a coleção já podia ser encontrada em multimarcas e e-commerces de peso como Net-A-Porter, Browns e Farfetch. Em poucos meses, a maior parte do stock esgotou parando em guarda-roupas poderosíssimos. Como os da estilista italiana Attico (e melhor amiga de Amina) Giorgia Tordini e de Rihanna, passando até pelo da rainha Rania da Jordânia.

Não é qualquer designer de 33 anos que consegue apostar no “see now, buy now”, modelo de negócios que apresenta e comercializa o produto, simultaneamente. De acordo com a Vogue, Amina disse que; “Queria excitar o público e não aborrecê-lo com a espera – por isso aguardei até à véspera da chegada do produto às lojas para revelar o lançamento da marca. Acho que o formato funciona porque a aquisição de um par de sapatos é bem mais emocional que a de roupas”.

Apaixonada por sapatos desde sempre, Amina cresceu entre a Jordânia e a Romênia, países de origem do seu pai e da sua mãe, respectivamente. “Não havia por ali um universo de moda estimulante, então sonhava com Manolos, Pradas e Miu Mius virando as páginas de revistas estrangeiras.”, disse a estilista.

Aos 15 anos, decidiu mudar-se para Milão onde já costumava passar as férias na casa de uma tia, para terminar os estudos. Depois de se formar em comunicação de moda no Istituto Europeo di Design da cidade, ela começou a trabalhar como assistente de styling em editoriais para a L’Uomo Vogue e a GQ americana (emprego que a levou a mudar-se temporariamente para Nova York).

A designer passou o ano de 2013 maturando todos os detalhes da marca que levaria o seu nome. Quando os rascunhos estavam prontos, ainda sentiu que faltava algo para deixá-los únicos. “Foi aí que tive a ideia de complementar o final de um salto flare num stiletto. Ficou exagerado e cool”, conta ela, que se divide entre Paris (onde fica o ateliê da marca) e Itália onde os sapatos são feitos. Nem todos os modelos levam, no entanto, o toque geométrico. O que une as criações é o apreço da designer por materiais exuberantes – como cetim, strass, tule, veludo em cores vivas, couro furta-cor e plástico. “Sapatos são como esculturas, têm vida própria e o poder de mudar como tu te sentes.”

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