Não existem mais dúvidas de que há um novo pensamento a reinar nas cabeças pensantes dos jovens. Anda por aí um sentimento de cortar excessos consumistas, ser responsável por tudo o que se produz e se descarta, ter uma percepção global da destruição que os resíduos poluentes podem causar ao nosso planeta.
Podemos afirmar que existe um design de moda mais minimalista e versátil, que aproveita as mesmas peças de roupas de uma maneira inteligente e criativa. Os moldes que estão a aparecer são vários e mostram-nos que podemos fazer coisas incríveis e com menos exageros.
A indústria da moda há-de rever toda a cadeia produtiva e cortar os luxos. Pode ser uma ideia inimaginável para os grandes produtores, mas não para os pequenos. E é através deles que este sistema pode ser reinventado. Com um pensamento de comunidade, de sustentabilidade e de simplicidade e ao ir buscar todos os subsídios possíveis para que todos os envolvidos possam usufruir da mesma cadeia produtiva. Não estamos a falar de uma comunidade hippie (nada contra!), mas sim de um sistema mais sofisticado, com um design pesquisado, e não só uma coisa meramente rústica.
Com o pensamento no futuro e na responsabilidade social que cada indivíduo gera para si e para os outros, a representação prática desta teoria é um grande passo para haver uma mudança de comportamento real. Passar a realidade para o consumidor final, mostrar que todos somos responsáveis pelo próprio consumo, que podemos escolher o caminho certo a ser seguido e que está nas nossas mãos o poder de modificar o que pode acontecer através das opções que fazemos diariamente.
Outro exemplo, muito interessante é que o consumidor final já tem a oportunidade de decidir por um estilo mais minimalista consumindo uma moda multifuncional; conversível, reversível e transformável. Já tinha ouvido falar nestes conceitos? O princípio é basicamente o mesmo, uma moda mais durável e intemporal, usando a mesma peça de roupa de diversas maneiras, mas existem algumas particularidades.
A moda conversível usa a mesma peça, como uma blusa de alças pode ser reconfigurada, dependendo do modelo, e ser transformada numa pasta por exemplo. Já nas roupas reversíveis, a peça pode ser usada dos dois lados, as superfícies são diferentes e não possuem etiquetas ou costuras visíveis. E a moda transformável é a que investe no minimalismo, em peças básicas e simples, que mudam facilmente a sua modelagem.
Ou seja, a intenção é sem dúvida consumir menos, sem excessos. Reduzir, reutilizar e reciclar. Os tempos difíceis mostram-nos que temos que apostar na criatividade humana, no valor da nossa essência, no que o podemos fazer e criar de positivo é o que importa. Quebrar velhos padrões e estabelecer o novo, através de um design de moda criativo, inteligente e multifuncional.
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