Dos fast fashion com origem nos anos 70, ao consumo da moda está a ser repensado em prol da valorização social, crise ambiental e um trabalho mais justo.

Queremos lojas que têm um uma secção de moda mais acessível, ou artigos com preço justo em relação ao seu processo de criação? Os consumidores que lutem!

Nos anos 70, a crise do petróleo veio para trazer confusão à economia mundial. Foi descoberto que o chamado “ouro negro” não era renovável e os países com maiores concentrações subiram os preços da mercadoria.
Com a economia travada e as guerras pela posse do petróleo, a fim de resolver o problema, a indústria têxtil não podia parar. A ideia foi trazer às massas o que as marcas renomadas estavam a lançar e distribuir em todo o ocidente com uma qualidade inferior e um processo mais barato. Mais barato, maior consumo, mais lixo, mais pessoas no mercado de trabalho cansadas, mais desigualdades sociais, mais trabalho escravo, mais agro tóxicos para produção das plantações, mais emissão de gás carbônico, contudo, uma sociedade “nos pano”.

Os fast fashion tornam o que está in acessível, contudo a um preço ainda alto, e as tendências não param.
Em contrapartida, o slow fashion, pela primeira vez, aos olhos da escritora de moda, Angela Murris, vem para trazer uma aura mais suave, quase puritana ao mundo caótico da moda.
Mas qual é a diferença? Bom, o slow fashion leva em consideração a região em que as peças serão distribuídas, como chegarão até lá, quem vai produzi-las, como e com que material. Esse modelo de criação de moda valoriza cooperativas, materiais nobres com produção orgânica e modelos que, muitas vezes, vestem homens e mulheres. Todo esse cuidado tem um preço, e não é muito barato, pois o consumidor final paga por peças muito bem pensadas nos moldes de acordo com as necessidades sócio ambientais. Existem muitas empresas que estão a nascer nos parâmetros slow e a tendência é que surjam cada vez mais empresas.
Já lhe despertou o interesse em repensar o que compra? Fica a pergunta de quem pode consumir e quem não pode. No fim, todo o mundo tem o direito de se sentir in, não é? Mas qual será o preço?

Comentários recentes