Showroom da Balmain Pre-fall’20

Ndongala Denda
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Recentemente, Olivier Rousteing aproveitou os dias ensolarados de Los Angeles para carregar as baterias na festa Puma x Balmain, com a presença da top model e actriz británica Cara Delevingne.

Agora, no showroom da Balmain Pre-Fall’20, o criador da marca destacou através das suas criações os tecidos tweed vermelho e azul, tartans bordados e várias estampas caxemira, impressas em veludo dévoré, lantejoulas douradas e amarrações de cristal. Quanto aos acessórios destacamos as botas de cristal listradas de tigresa, mules de cetim com strass e mochilas brilhantes.

Sabemos que os anos 80 fornecem uma fonte inesgotável de inspirações e Olivier Rousteing não se ilibou desse facto, inspirando-se no maximalismo dos ombros acolchoados e reluzentes, não se abstraindo das influências dos anos 50 e 60, traço típico característico da própria marca.

Todas essas referências do percurso histórico da marca estão relacionadas com o 75º aniversário da famosa casa de moda no próximo ano. Sabemos que Pierre Balmain, fundador desta casa de alta-costura, prêt-à-porter, joalharia e perfume, era um grande defensor das estampas caxemira e Rousteing trouxe para o presente essa típica característica em sublimes vestidos longos com cinturas largas e justas, assim como vestidos bodycon totalmente bordados em cores pop art e com blusas dévoré combinadas com calças largas de cintura ultra alta.

Backstage at Balmain RTW Fall 2020

Lembramos que Olivier Rousteing veste algumas das estrelas mais conceituadas da actualidade como Kim Kardashian, Rihanna e Beyoncé. Mesmo assim, este brilhante criador de moda descreve a Balmain como uma alma antiga e faz questão que essa característica, típica da marca, transpareça nas suas criações. Para Rousteingentender o futuro é olhar para o passado”, como menciona, sempre que possível, em entrevistas por ele prestadas.

Exactamente por “olhar para o passado”, nesta nova colecção Routeing defendeu os trajes trans-sazonais, espelhando roupas usadas nas diferentes estações do ano, passando por blusas de renda com um jabot de charmeuse, mangas de houndstooth elegantes, tweed-tartan de bombazine e capas dramáticas, realçando malas hit B em couro, peça típica da marca.

Podemos notar que para esta nova colecção, o criativo e a sua equipa de costureiros não deixaram de lado os elementos que têm caracterizado a Balmain ao longo dos anos, como pullovers em tule com cristal, missangas e lantejoulas, apelando ao lado mais romântico, e ao mesmo tempo sexy, através dos calções curtos e apertados, sem deixar de lado os bodies e vestidos sweaters, adornados com jóias para manter os olhos das suas clientes reluzentes.

Olivier Rousteing fundiu a sua própria sensibilidade com alguns dos cortes característicos de Pierre Balmain, trazendo ombros fortes para a jaqueta Jolie Madame de 1956, cintura fina em tecido preto, peça padrão guardada por esta casa de alta-costura ao longo dos anos, com padrão brilhante de leopardo. Rousteing integrou capuzes em jaquetas burguesas acolchoadas e vestidos de smoking decotados. Usou ganchos parisienses clássicos, blusas lavalliere em tons arroxeados, casacos azul marinho ou um sobretudo com botões dourados, como forma de abranger a essência do homem moderno, a fim de alcançar um novo nicho do mercado masculino.

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