As tendências da nova temporada do design da Maison & Objet e Paris Design Week

Ndongala Denda
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Todos os anos no mês de Setembro os olhos do mundo do design ficam voltados para Paris, onde ocorre a segunda edição da Maison & Objet e Paris Design Week.

A arquiteta Renata Zappellini, também conhecida por Renata Decor, revelou à Vogue quais as tendências do design da actual temporada.

A Maison & Objet é uma das feiras mais importantes do sector e responsável por abrir o calendário anual do design. Este ano, a edição não aconteceu presencialmente, apenas em formato digital, por conta da pandemia. Vamos apresentar  um pouco desde as macrotendências que estão no zeitgeist às inovações dos maiores players de design do momento, um pouco de tudo da cidade luz, Paris, apresentado pela Vogue Brasil“.

A Beleza da imperfeição

Nunca esteve tão evidente o termo japonês wabisabi. Uma espécie de inspiração japonesa revisitada e uma contemplação da casa em constante evolução e não “engessada”, à volta de produtos com toques orientais, peças de cerâmica imperfeitas, linhos mais desbotados e mobiliários assimétricos mostraram essa tendência.

Slow Living

Estamos a viver um momento em que os consumidores estão, finalmente, a começar por entender a ideia de consumir menos e com mais qualidade.

O desejo de um lar mais lento e mais pensado é, em última análise, o desejo de uma abordagem mais pausada da vida quotidiana. As pessoas querem ter menos coisas, celebrar a simplicidade e administrar a vida com leveza. Afinal, quem somos começa em casa. Elementos crus, o natural, artesanato e alta tecnologia e uma paleta de cores calmante e “queimada” estão em destaque.

Cocconing

O termo que representa um conceito do inglês, pode ser traduzido como ‘encasulamento’ e retrata o efeito das pessoas ficarem recolhidas em casa, reduzindo actividades externas. Criado em 1981 por Faith Popcorn, o cocooning buscava explicar o comportamento dos consumidores nos Estados Unidos diante dos receios da Guerra Fria.

Formatos orgânicos, tapetes assimétricos e padronagem inspirada no Japão, no ambiente de Pierre Gonalons no Museu de Arquivo Nacional. Na prática, a casa passa a ser o nosso bunker – fortaleza-  e isso faz com que as casas de agora tenham necessidade de conforto, leveza, simplicidade e aconchego, algo bem ligado ao conceito escandinavo hygge.

O uso de cores claras e não só o branco e cinza, mas tons pastéis e diversos tipos de madeira e plantas, que também são elementos essenciais para trazer vida ao ambiente. Decoração com peças que contêm história e até mesmo objectos artesanais (como tricô, palha, bordados, pelagem) e upcycling de algum objecto sem uso – que tornam a decor especial e personalizada – são desdobramentos dessa macrotendência.

Heritage (Herança)

A era das Re-edições! Símbolos do passado que se fundem com o actual e o vanguardista. No ReMaster há um apetite extremo por experiências afectivas e nostálgicas resultando num novo olhar ao futuro. Os produtos que evidenciam as raízes da marca, que possuem um storytelling e trazem o passado de forma criativa e poética que seguem para o futuro.

Re-edições, peças vintage revisitadas e modelos atemporais evidenciam essa proposta.

As cores do momento são tons de oliva, mostarda, ocre e violeta. As texturas transitam entre linhos com trama larga, couro e muito veludo. Os formatos estão extremamente orgânicos e arredondados.

Fonte: Vogue Brasil

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