IA do Facebook classifica negros como primatas

Janilson Duarte
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O Facebook tem sido alvo de grandes criticas após, na ultima quinta-feira, os utilizadores da plataforma terem assistido a um vídeo do Daily Mail que mostrava um encontro entre um homem branco e um grupo de homens negros que se encontravam a comemorar um aniversário.

O vídeo captura o momento em que o homem branco supostamente ligava para o 911 para relatar que ele estaria a “ser assediado por um grupo de homens negros”, antes de cortar para um vídeo não relacionado que mostrava os polícias a deterem um dos homens negros na sua própria casa. As pessoas que assistiram ao vídeo receberam uma notificação que perguntava se eles gostariam de “continuar a ver vídeos sobre primatas”, relatou o New York Times na sexta-feira.

A porta-voz do Facebook Dani Lever, em comunicado, disse: “Este foi claramente um erro inaceitável e desabilitámos todo o recurso de recomendação de tópicos assim que percebemos que isso havia acontecido, para investigar a causa e evitar que isso aconteça novamente”

Já há algum tempo existe um debate na internet sobre a inteligência artificial das plataformas, várias vezes essas empresas foram criticadas por preconceito racial nos seus sistemas automatizados.

Situações do género já têm sido vistas na plataforma, outros sinais de preconceito racial manifestam-se em produtos de tecnologia, isso inclui filtros do Instagram que iluminam a pele ou “fetichizam” características étnicas e filtros do Snapchat que usam blackface ou caricaturas de asiáticos. A ex-funcionária do Facebook Darci Groves twittou sobre o erro na Quinta-feira depois de um amigo a ter informado sobre o erro de identificação. Ela compartilhou uma captura de ecrã do vídeo que continha a frase do Facebook “Continuar a ver vídeos sobre primatas?”.

“Como dissemos, embora tenhamos feito melhorias na nossa IA, temos noção de que não é perfeita e temos mais progressos a fazer, pedimos desculpas a qualquer pessoa que possa ter visto essas recomendações ofensivas”, disse Dani Lever 

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