Todos os anos os olhos do mundo do design ficam voltados para Paris, onde ocorre a edição da Maison & Objet e Paris Design Week.

A Beleza da imperfeição
Nunca esteve tão evidente o termo japonês wabisabi. Uma espécie de inspiração japonesa revisitada e uma contemplação da casa em constante evolução e não “engessada”, à volta de produtos com toques orientais, peças de cerâmica imperfeitas, linhos mais desbotados e mobiliários assimétricos mostraram essa tendência.
Slow Living

Estamos a viver um momento em que os consumidores estão, finalmente, a começar por entender a ideia de consumir menos e com mais qualidade.
O desejo de um lar mais lento e mais pensado é, em última análise, o desejo de uma abordagem mais pausada da vida quotidiana. As pessoas querem ter menos coisas, celebrar a simplicidade e administrar a vida com leveza. Afinal, quem somos começa em casa. Elementos crus, o natural, artesanato e alta tecnologia e uma paleta de cores calmante e “queimada” estão em destaque.
Cocconing

O termo que representa um conceito do inglês, pode ser traduzido como ‘encasulamento’ e retrata o efeito das pessoas ficarem recolhidas em casa, reduzindo actividades externas. Criado em 1981 por Faith Popcorn, o cocooning buscava explicar o comportamento dos consumidores nos Estados Unidos diante dos receios da Guerra Fria.
Formatos orgânicos, tapetes assimétricos e padronagem inspirada no Japão, no ambiente de Pierre Gonalons no Museu de Arquivo Nacional. Na prática, a casa passa a ser o nosso bunker – fortaleza- e isso faz com que as casas de agora tenham necessidade de conforto, leveza, simplicidade e aconchego, algo bem ligado ao conceito escandinavo hygge.
O uso de cores claras e não só o branco e cinza, mas tons pastéis e diversos tipos de madeira e plantas, que também são elementos essenciais para trazer vida ao ambiente. Decoração com peças que contêm história e até mesmo objectos artesanais (como tricô, palha, bordados, pelagem) e upcycling de algum objecto sem uso – que tornam a decor especial e personalizada – são desdobramentos dessa macrotendência.
Heritage (Herança)

A era das Re-edições! Símbolos do passado que se fundem com o actual e o vanguardista. No ReMaster há um apetite extremo por experiências afectivas e nostálgicas resultando num novo olhar ao futuro. Os produtos que evidenciam as raízes da marca, que possuem um storytelling e trazem o passado de forma criativa e poética que seguem para o futuro.
Re-edições, peças vintage revisitadas e modelos atemporais evidenciam essa proposta.
As cores do momento são os tons de oliva, mostarda, ocre e violeta. As texturas transitam entre linhos com trama larga, couro e muito veludo. Os formatos estão extremamente orgânicos e arredondados.
Fonte: Vogue Brasil
Comentários recentes