O azeite de oliveira é um alimento milenar. Assim como o vinho, há registos de povos antigos que se dedicavam à produção e extracção de óleos de azeitonas, como os persas, sírios, hebreus e gregos, por volta de 3 mil anos antes de Cristo.

Hoje em dia, essas técnicas estão a ser aprimoradas, podem gerar variados tipos de azeite, pois, cada azeite possui diferentes composições e particularidades em termos nível de acidez, sabores, cor, textura e os aromas podem variar de acordo com o tipo de extracção, ou até da produção do país, sendo influenciadores directos no sucesso de uma receita.
Importa referir que escolher o azeite ideal não tem relação apenas com o sabor das receitas. Cada um dos tipos de azeite possui particularidades que podem fazer muito bem à saúde. Eis as 5 principais vantagens do azeite para o seu organismo:
- ajuda na absorção das vitaminas A, D e E;
- tem acção anti-inflamatória;
- previne doenças degenerativas, pelad suas propriedades antioxidantes;
- auxilia na saúde do coração, controlando taxas de colesterol;
- possui gorduras mono e poli saturadas, benéficas para o organismo.
Quem tem o hábito de cozinhar, ou simplesmente gosta de temperar bem os alimentos, já deve ter percebido que existem vários tipos de azeite. Mas, afinal, qual é a diferença entre eles? Saiba:

Azeite extra- virgem: é o mais saudável e recomendado para todo o tipo de receitas. Este tipo de azeite é conhecido por ter o menor índice de acidez de todos. A cada 100 gramas, o ácido oleico, responsável por dar essa característica ao produto, corresponde a, no máximo, 0,8 gramas, ou seja, menos de 1%.
O processo de produção do azeite extra-virgem faz com que ele seja o tipo mais saudável. Para fazê-lo, as azeitonas são prensadas e o seu óleo é recolhido, sem que seja submetido a processos de aquecimento ou refinamento e, consequentemente, mantendo as suas vitaminas e propriedades antioxidantes.
Um facto interessante é que não necessita de um processo de maturação, como ocorre com os vinhos, por exemplo. Para desfrutar dos seus benefícios, é importante consumi-lo dentro de um ano após a sua extracção. O sabor pode ser tanto amanteigado e suave, quanto picante e agudo e pode trazer notas de relva, cítricas e apimentadas.
Azeite virgem: usado para fritos e como tempero. O azeite virgem é produzido da mesma forma do que o anterior. A principal diferença está no índice de acidez que, neste caso, é um pouco maior, variando entre 1,5% e 2%. Graças a essa característica, é levemente mais calórico e tem um ponto de fumaça mIs alto, ou seja, suporta mais calor sem que queime. As vitaminas e propriedades antioxidantes costumam ser as mesmas. O sabor do azeite virgem pode ser um pouco mais suave, porém, bastante similar ao extra-virgem.
Azeite refinado: recomendado como tempero e considerado menos saudável. Ao contrário dos tipos de azeite anteriores, os refinados são aquecidos e passam por processos químicos de refinamento, similar ao que é feito na produção de outros óleos vegetais, como de soja, milho e girassol. As características desses azeites costumam perder-se durante a produção, portanto têm sabores e aromas mais subtis. Algumas vezes, são misturados a azeites virgens ou extra-virgens para a comercialização.
Azeites aromatizados: outros óleos e compostos acrescentam maior fragrância. O azeite aromatizado é muito utilizado por aqueles que não apreciam o sabor original desse alimento, ou que gostam de conhecer novos sabores. Para produzir esse tipo de alimento, geralmente é feita a mistura de um azeite tradicional, que pode ser virgem ou extra-virgem, com o óleo de algum outro alimento, como manjericão ou alecrim. Esse tipo de azeite costuma ser utilizado somente para temperar os alimentos que já estão prontos.
Azeite composto:mistura de azeite refinado com alguns outros óleos. Esse tipo de produto é produzido por meio da união do azeite de oliveira com algum óleo vegetal, como o de soja ou de milho. Essa composição faz com que esse azeite tenha poucos nutrientes. Além disso, por causa da mistura com algum óleo vegetal, o azeite perde a resistência a altas temperaturas. O azeite composto pode ser utilizado da mesma forma que o óleo de soja, de milho, ou de girassol.
Dicas da Chocolate!
Agora que já descobriu quais são os tipos de azeite, saiba que é preciso ter alguns cuidados na hora de comprar esse produto. O primeiro deles é verificar se o azeite foi engarrafado no mesmo local onde foi produzido. Por exemplo, se o azeite tiver sido feito em Angola, o ideal é que ele tenha sido engarrafado nesse país, pois isso ajuda a garantir a qualidade do alimento.

Para que os seus benefícios sejam aproveitados, é importante que o produto seja rico em compostos fenólicos, os quais são os responsáveis pelas vantagens. Sendo assim, observe sempre no rótulode qualquer um dos tipos de azeite a quantidadeutilizada do material na produção do item.
Outro ponto importante que deve ser levado em consideração é a embalagem do produto. O ideal é que o azeite esteja em vidro ou em lata, pois esses materiais ajudam a preservar as propriedades. Para que o azeite esteja com sabor fresco, é preciso mantê-lo longe do alcance da luz e das altas temperaturas. Para isso, as marcas utilizam frascos de vidro mais escuro, ajudando na conservação do alimento.
Ao contrário de outros alimentos, o azeite não segue aquela regra de que “quanto mais velho, melhor”. Para todos os tipos de azeite, é preciso estar atento a data de validade, escolhendo sempre aqueles de produção mais recente possível.
Como citámos anteriormente, a qualidade de um azeite está directamente relacionada com o seu método de produção. Por esse motivo, procure optar sempre por marcas já conhecidas no mercado, que possuam um histórico de qualidade. Desse modo, terá a garantia não só de receitas mais saborosas, mas também de ingerir um produto realmente benéfico à saúde.
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