Dia Mundial do Parkinson

Ndongala Denda
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from: http://parkinsoneeu.com/vivendo-com-parkinson/participe-dos-eventos-em-celebracao-ao-dia-mundial-do-parkinson/

Hoje é o Dia Mundial do Parkinson, uma doença que tem um impacte desmedido nas vidas daqueles que dela sofrem e das suas respectivas famílias.

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa de evolução lenta, mas progressiva, que envolve principalmente algumas funções, como o controlo de movimentos e o equilíbrio. A doença faz parte de um grupo de patologias denominadas “Distúrbios do Movimento” e dentre elas, é a mais frequente. Os sintomas do Parkinson são conhecidos há milhares de anos: uma primeira descrição terá sido encontrada num artigo médico indiano que se referia a um período por volta de 5.000 a.C. e outra num documento chinês de há 2.500 anos. O nome, no entanto, está ligado a James Parkinson, um cirurgião farmacêutico de Londres do século XIX, que primeiro descreveu a maioria dos sintomas da doença num famoso artigo, o “Ensaio sobre a paralisia agitante”.

Os principais sinais da doença são: tremor em repouso, rigidez, bradicinesia (lentidão dos movimentos) e instabilidade postural. Embora a doença envolva principalmente as funções que controlam a mobilidade, geralmente afecta também as funções emocionais e psiquiátricas. Daí a presença frequente de problemas como a depressão e a demência.

A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso após a doença de Alzheimer e afecta:

↠ cerca de 1 em cada 250 pessoas com mais de 40 anos
↠ cerca de 1 em cada 100 pessoas com mais de 65 anos
↠ cerca de 1 em cada 10 pessoas com mais de 80 anos

Não há cura conhecida para a doença de Parkinson, no entanto, existem vários tratamentos que podem controlar os seus sintomas. Um bom tratamento envolve a intervenção (no paciente) de diferentes especialistas, incluindo neurologistas, enfermeiros especializados, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Cada paciente tem uma combinação diferente de sintomas e a terapia medicamentosa é adaptada às necessidades individuais do mesmo. O primeiro objectivo do tratamento é restaurar os níveis de dopamina e restaurar as funções normais do circuito cerebral.

Um dos casos mais conhecidos da doença é o do actor Michael J. Foxx, que tem vive com esta patologia há sensivelmente 30 anos e está activamente envolvido em campanhas de esclarecimento e pesquisa para a cura da doença.

Desde 1998 – o ano em que tornou pública sua doença – Michael falou muitas vezes da sua batalha, embora não goste de chamá-la assim: “Se eu entrasse numa sala e lá estivesse Deus ou Buda, Bill Gates ou Sergey Brin ou qualquer outra pessoa que pudesse encontrar uma solução para me curar, eu acho que diria que não “, disse no passado, ele que também criou uma Fundação de pesquisa e arrecadação de fundos para testes com células-tronco (ou estaminais). “Eu não teria passado pelo que passei e não teria tido as experiências que tive”.

Apesar de ainda não existir uma cura para esta maleita, é sabido que uma vida mais activa, com exercício físico frequente, pode diminuir as chances de surgimento da doença.

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