Quando o bebé completa seis meses, é também a hora de incluir alguns alimentos como papas salgadas com legumes e verduras; e doces e frutas. Muitas mães escolhem as papas industrializadas pela sua praticidade, mas há quem recrimine o seu consumo. A fase de inserir alimentos sólidos é uma das etapas mais importantes para o bebé.

De um lado a rapidez, de outro, a preocupação com os nutrientes. Afinal, em que situação vale a pena oferecer papinha pronta?
As papas podem ser ótimas opções para passeios ou viagens mais demoradas, quando a mãe não tem como preparar papas naturais, seja por falta de refrigeração, pela falta de um local para preparar ou por falta de alimentos disponíveis, já que a papinha caseira pode estragar no caminho por causa da temperatura inadequada. Em algumas ocasiões, o melhor é preparar a refeição com alimentos frescos, com muitas texturas para estimular o desenvolvimento da mastigação.

Uma das vantagens das papas industrializadas que tem “salvado a pele dos pais”, é que elas não estragam tão rápido por causa da pasteurização e do controlo dos ingredientes, mas, depois de preparada, deve ser consumida em até 24 horas, desde que seja conservada num refrigerador. Mas nada melhor e mais saudável do que um prato colorido e com sabores diferentes, estimula o seu pequeno a comer com mais vontade e a desenvolver melhor o paladar, a mastigação e a percepção dos alimentos.
É importante analisar a composição das papas. As salgadas nem sempre são completas, pois falta algum alimento ou um grupo de alimentos. Outro ponto que merece atenção é o facto de que a mistura de alimentos nas papas industrializadas não dá à criança a chance de conhecer alimentos e paladares diferentes. Nas papas doces industrializadas o que ocorre é que nem sempre a fruta está sozinha, mas associada a algum amido ou suco de maçã para que fique mais doce.

Para ser saudável, a papa não deve possuir corantes, conservantes, acréscimo de açúcar e gordura trans. Os nutricionistas também recomendam dar pedaços de fruta aos pequenos, como uma fatia de manga, melancia, laranja ou banana. Deixe a criança com um pedaço da fruta, como um pedaço de ananás ou uma goma de tangerina.
Quando decidir acrescentar a papa à alimentação do seu pequeno, comece por amassar a papa com um garfo e use uma peneira nos dez primeiros dias. Aos poucos, deixe pedaços de alimentos para que se acostume à mastigação horizontal, responsável por triturar o alimento. Quando os bebés se alimentam- apenas de papa pastosa, a criança acostuma-se apenas ao movimento vertical, no qual a língua leva a comida para a garganta para ser engolida.

A ideia da progressão de consistência é fazer com que a criança consiga mastigar, por volta de 1 ano de idade ou antes mesmo de completar 1 ano. Mesmo se tiver poucos dentes na boca ou nenhum, o pequeno vai conseguir amassar um alimento mais mole, como uma batata cozida, com a própria gengiva.
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