Como equilibrar autocuidado e maternidade?

Janilson Duarte
4 Min Read

Criar filhos toma muito tempo, energia e espaço mental, então como acertar o passo entre o autocuidado e o cuidado com os filhos? Nutrir o nosso espírito, a nossa vida interior, é a maneira mais eficaz de criar a qualidade de vida e conexão na vida familiar que todos buscamos. O autocuidado permite que viva com o melhor de si em vez do que sobrou de si.

Tornar-se mãe irá mudar sua vida. O tempo de repente não é mais seu e todo o seu mundo se traduz em manter outro ser humano bem alimentado, bem descansado e bem comportado.

Idas ao spa, cabeleireiros e salão de depilação tornam-se raras e espaçadas – e pode esquecer aquele importante tempo para si. Então como mantém o equilíbrio entre o cuidado com os filhos e o autocuidado? Que papel tem a beleza quando toda a sua vida tem a ver com outra pessoa?

O autocuidado engloba uma série de aspectos, visíveis e não visíveis, palpáveis e não palpáveis.

O primeiro passo é sair do papel de “mártir” e reencontrar a essência que foi enterrada pelos padrões de uma sociedade patriarcal. A nossa intenção é que consiga olhar para os paradigmas que absorveu de forma inconsciente e consiga dar início a uma jornada em direção a uma vida satisfatória para si e para a sua família.

A meditação (5 min/dia) também pode ser uma grande aliada nesse processo.

A Essência: lembre-se de como se sentiu quando viu o seu filho pela primeira vez ou quando vê um recém-nascido. Num livro sobre maternidade, a autora sabiamente indicou essa técnica para trazermos à tona esse sentimento especial que nos ajuda a estar completamente no momento presente e conectadas com o nosso ser autêntico.

Lembre-se que no eu autêntico e essencial, o SER deve ser valorizado e não somente o Fazer. Abra espaço para entrar em contacto e prestar atenção ao que faz a sua alma transbordar de satisfação e que lhe traz uma sensação de plenitude. Comece a priorizar esses momentos na sua vida. Para isso, é necessário viver no momento presente (mindfulness).

Sentimentos: permita-se sentir, você é um ser humano e não há nada de errado em sentir raiva, frustração ou cansaço, o mais importante é você trazê-los para a consciência e usar esse processo a seu favor para o autoconhecimento. Não fuja dos seus sentimentos tentando distrair-se com actividades que não alimentem o seu ser e sabotem a sua qualidade de vida.

Autoperdão e gratidão: ambos devem ser tratados como uma jornada e não simplesmente um evento. Perdoar-se e ser grato é uma decisão diária, assim como tomar banho, escovar os dentes ou exercitar-se.

Você é Suficiente: Seja a paz, seja o amor que os seus filhos precisam, seja compreensiva, seja presente na sua vida, seja a memória que os seus filhos vão guardar. Aceite-se e às pessoas ao seu redor como elas são.

Prioridades: ma vez que você entrar em contacto com o que te faz se sentir viva e bem, estabeleça as suas prioridades e use o tempo a seu favor.

Mantenha na sua vida as actividades que nutrem e não as que tiram a paz. Não assista TV ou folheia revistas que a bombardeiam com falsas ideias e a direcione no sentido oposto de uma vida plena. Mas assista entrevistas, palestras, ouça Podcasts e leia materiais selecionados que enriquecem a sua experiência de vida.

Escolha as suas actividades de forma consciente!

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