Um novo estudo alerta sobre o uso da aspirina, sobretudo por idosos

Elisio Manzanza
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A Aspirina é um medicamento de uso oral. É indicada para o alívio sintomático de dores de intensidade leve a moderada, como dor de cabeça, dor de dentes, dor de garganta, dor menstrual, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas, dor da artrite e alívio sintomático da dor e da febre nas constipações, ou gripes.

Ela tem como substância activa o ácido acetilsalicílico, que pertence ao grupo de substâncias anti-inflamatórias não-esteróides, com propriedades anti-inflamatória (actua na inflamação), analgésica (actua na dor) e antipirética (actua na febre). O ácido acetilsalicílico inibe a formação de substâncias mensageiras da dor, as prostaglandinas, propiciando o seu alívio.

A toma diária de aspirina pode provocar anemia em idosos, sugere o estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine. A doença resulta da diminuição abrupta do número de glóbulos vermelhos no sangue ou do conteúdo de hemoglobina no sangue para valores inferiores aos considerados normais.  

Durante cinco anos, os investigadores acompanharam 18 mil adultos acima dos 65 anos nos Estados Unidos e na Austrália. Foram dados 100 miligramas de aspirina a alguns voluntários e outros receberam placebo. Meia década depois, os adultos que tomavam aspirina apresentaram um risco 20% superior de anemia e também tinham níveis ligeiramente mais baixos de hemoglobulina e ferritina.

Os autores do estudo acreditam que isto ocorreu porque a acção da aspirina no corpo pode provocar pequenas perdas de sangue no aparelho digestivo. Os cientistas defendem que os benefícios e os riscos devem ser avaliados pelos médicos de cada pessoa. Também sugerem que os doentes que usam aspirina sejam acompanhados e façam exames de sangue com regularidade.  

Em 2019, as associações médicas dos Estados Unidos determinaram que os riscos do consumo diário de aspirina eram superiores aos benefícios e decidiram revogar a recomendação para pessoas saudáveis.

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