Normalmente, há duas formas de se sentar numa cadeira e cruzar as pernas: uma à altura do joelho e a outra sobre o tornozelo. Cerca de 62% das pessoas cruzam a direita sobre a esquerda, 26% fazem o contrário e 12% não têm preferência. O melhor é repensar a forma como coloca as pernas ao sentar-se.

A maioria das pesquisas indicam que cruzar a perna na altura dos joelhos é pior do que sobre os tornozelos. Vamos dar uma olhada nas evidências: o site Best Life falou com vários médicos, como a fisioterapeuta Sandra Gail Frayna, Sean Ormond, Leann Poston e Jared Heathman, que identificaram alguns dos principais riscos de se sentar de pernas cruzadas.
Há evidências de que cruzar as pernas pode afectar a produção de esperma. Isso acontece porque a temperatura dos testículos precisa se estar entre 2°C e 6°C abaixo da temperatura corporal padrão. Estar sentado aumenta a temperatura dos testículos em 2°C e cruzar as pernas pode aumentar a temperatura dos testículos em até 3,5°C.
E estudos sugerem que um aumento na temperatura da bolsa escrotal, ou do testículo, pode reduzir tanto a contagem, quanto a qualidade dos espermatozóides.
Além deste risco da produção do esperma, os médicos adicionaram outros factos pertinentes sobre sentar-se de pernas cruzadas, que servem para homens e mulheres.
Hipertensão
“Quando cruza as pernas, o sangue tem de passar por um canal menor e as veias podem ficar comprimidas, dificultando o retorno do sangue ao coração”, refere Sean Ormond.
Coágulos no sangue
“Ficar sentado, especialmente numa posição restritiva, pode retardar o fluxo sanguíneo e aumentar o risco de coágulos”, explica Leann Poston.
Dores crónicas
“Pode sobrecarregar os músculos e ligamentos da coluna, causar desconforto ou dor crónica ao longo dos anos”, conta Sean Ormond.
Problemas na anca
“Se cruzá-las até à altura do joelho, esta posição acaba por exercer uma pressão sobre a zona da anca”, continua.
Paralisia
Pode acontecer algo chamado de “paralisia da perna cruzada”, quando fica sentado desta forma durante largos períodos. “Isso ocorre quando a pressão é mantida num nervo por tempo suficiente para causar paralisia”, explica Jared Heathman.
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