Karen Pacheco: Não caias no erro

Edwilson Pinho
3 Min Read

Não é fácil criar um vínculo saudável, que nos faça felizes, baseado na segurança e na confiança.

Lidar com a complexidade de uma vida a dois exige paciência e compreensão, aliadas à predisposição e pro-actividade na resolução de qualquer problema que possa surgir. É importante, para tal, identificar alguns erros comuns.

É normal a necessidade de se encontrar uma identidade partilhada quando se está numa relação a dois, para fortalecer o vínculo entre ambos e assim evitar conflitos e contradições, o que é positivo, pois contribui para a união do casal. No entanto, para se alcançar esse objectivo, é normal que se descure um pouco da sua identidade individual para agradar o parceiro, seja pelo medo de o perder, ou para “evitar chatices”. Isso acaba por ser prejudicial porque num relacionamento saudável, cada um tem de ser ele mesmo.

Permitir que a rotina domine é outro erro muito comum, e acontece de forma muito natural, sem que as pessoas se inteirem. É muito importante sair da zona de conforto e introduzir novidades na relação. Para que isso aconteça, cada individuo deve fazer a sua vida de forma completa, e assim trazer o que de melhor tem para o relacionamento.

Querer mudar o outro é uma das atitudes que tem a ver com a não aceitação de si mesmo, muito mais do que com a rejeição ao outro. Não dependemos de ninguém para ser felizes, e quando há vínculos de dependência e inseguranças pessoais, o parceiro torna-se numa desculpa para o que não nos corre tão bem como esperamos.

A exclusividade é um pacto implícito na maioria dos casais, mas isso não deve implicar que haja manipulação de comportamentos.

Quando se ultrapassa a linha e se chega a um sentimento egoísta de posse, surgem comportamentos de controle, e esse é mais um erro muito comum nos relacionamentos.

“Um quer que o outro aja como ele deseja. Caso contrário, sente-se ameaçado ou inicia um conflito. Neste caso, a falha é do indivíduo e não do casal. Cada um tem imperativamente de aprender a lidar com as suas inseguranças e não projectá-las no outro”, conclui o psicólogo Andrew Crawford, docente na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, numa entrevista à Cosmopolitan.

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