Sexta-feira Santa: ‘’via dolorosa’’ ganha novo significado

Ndongala Denda
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Hoje é Sexta-feira Santa, ou seja, a sexta-feira anterior à Páscoa que, para os Cristãos, celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Sexta-feira Santa é um dia muito importante, pois lembra a crucificação e a morte do filho de Deus, depois do que é chamada de Paixão de Cristo: prisão, flagelo, julgamento e crucificação. Sexta-feira é, portanto, uma etapa importante e fundamental da Semana Santa.

A tradição recorda neste dia, como supra mencionado, a morte de Jesus, que é reproduzida às três da tarde em todo o mundo, com a Via Crucis (do Latim, Via Sacra).

A Via Crucis tem as suas origens na piedade e empatia populares em relação ao sofrimento de Cristo, que se desenvolveu entre os séculos XII e XV. Essa devoção pretende evocar a peregrinação ao longo da ‘’Via Dolorosa’’ (como também é conhecida) até Jerusalém. Originalmente, essa prática piedosa não tinha um número preciso e definido de paragens ou “estações”. Estes foram deixados para as tradições locais, que também se baseavam em textos não Escriturísticos devotos.

O mesmo acontece com o encontro de Jesus com a mãe, o número de quedas, o encontro com Verónica (ou Berenice). O número de “estações” e o seu conteúdo foram especificados pela autoridade eclesiástica em 1731, aceitando a prática mais difundida na época, que também incluía esses momentos não presentes nos Evangelhos. Desde 1975, é possível substituir as estações tradicionais por outros momentos da Paixão tirada dos Evangelhos e concluir sempre com a Ressurreição de Jesus.

Este ano, as restrições ligadas à expansão do Covid-19 afectam a devoção destas marchas. Muitas apresentações sagradas não subirão ao palco, mas muitas outras tentarão uma maneira alternativa de não abandonar os fiéis. Haverá transmissões online e as já conhecidas transmissões televisivas e de rádio. Não deixe que o confinamento abale as suas celebrações, mas realize-as com responsabilidade e acima de tudo em segurança!

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