Líder entre as marcas mais desejadas do mundo, compilada pela plataforma de pesquisas digitais “Lyst”, que analisa os hábitos de compras, buscas no Google, menções e engajamento nas redes sociais, entre Outubro e Dezembro de 2019, a Gucci deu uma oferta de produtos de diferentes faixas de preços para todas as idades e uma estética diferente e única, que parece acolher a todos os gostos.
Recordista em vendas italiana e mundial, a Gucci opera em cerca de 425 lojas em todo o mundo e também vende os seus produtos através de franqueados e lojas de luxo. Hoje a marca italiana, além de aclamada por muitos, participa nos principais eventos de moda do mundo. Mas partindo do criador, junto da sua família protagonizam escândalos e polêmicas, entre celebridades com enormes fortunas, glamour, escândalos e tudo isso, a Gucci teve de sobra.
Até os anos 1970 e 1980 a marca caminhou bem, mas as intrigas familiares que tiveram o seu ápice nesta época, digna de um roteiro de filme, com traições, ambições, choques familiares. Segundo relatos de funcionários, nas reuniões era comum ouvir palavrões e barulhos de cinzeiros que se espatifavam nas paredes.
Mas o caso mais escandaloso da família foi o assassinato de Maurizzio Gucci, encomendado pela própria esposa, Patrizia Peggiani. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca.
Guccio Gucci nascido numa família pobre, antigo artesão de chapéus de palha, ascensorista e depois maleiro, no requintado hotel Savoy foi o criador da marca que fez história no século XX até aos dias de hoje.

Desde pequeno, Guccio nutria um gosto pela qualidade e elegância, ficava admirado com os brasões que as famílias personalizavam as suas bagagens. Em 1921, juntou todas as economias para abrir a primeira loja na sua cidade natal. A loja vendia malas e valises de alto padrão, feitas em couro de alta qualidade, produzidas pelos melhores artesãos da região da Toscana.
O jovem que andava sempre impecável e elegante, tornou-se um empresário. Não demorou muito para que a alta burguesia e a nobreza da cidade de Florença descobrisse o talento nato do jovem e começassem a procurar seus produtos.

Em pouco tempo, a marca já era conhecida entre os ricos e celebridades, tornando-se uma das marcas mais requisitadas entre a elite italiana na época.
Anos depois, surgiram os momentos de crise e prestes a decretar falência, a marca começou a viver uma nova época de sucesso, com Tom Ford na direcção artística e criativa da grife, em 1994 houve a renovação e sexualização da imagem da marca, transformando os acessórios em objectos de desejo das mulheres.
Em 1997 a Gucci apostou nos perfumes e fez o lançamento da ENVY, uma fragrância floral e dois anos depois surgiu a RUSH, criado para um público mais jovem e moderno.
Sob a direcção de Tom Ford, que passou a assinar todas as coleções da marca, surgiu uma nova Gucci. Além de relançar grandes ícones, como a bolsa com alça de bambu e os mocassins, Tom Ford lançou a Bolsa Horsebilt Clutch. Em pouco tempo tornou-se um verdadeiro fenômeno entre as estrelas de Hollywood, com a modelo americana, Amber Valetta participando na primeira campanha publicitária de perfumes.
Na década de 2000, a empresa passou a fazer parte de um selecto grupo de accionistas, entre eles, Bernard Arnault (que é o dono do luxuoso LVMH) e François Pinault, que até então era dono do grupo PPR.
Em 2005 foram lançados os perfumes Gucci by Gucci, Flora by Gucci em 2009 e Guilty, em 2010 repleto de sensualidade.
A estilista italiana, Frida Giannini é a directora criativa da casa e tem conseguido equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural, como o “Gucci Award for Woman in Cinema”, que foi lançado durante o último Festival de Veneza.
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