Mutilação genital feminina

Ndongala Denda
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Mutilação genital feminina. O método violento da desigualdade do gênero.

Já ouviu falar sobre a Mutilação Genital Feminina (MGF)? Se ainda não ou escutou por alto, nós explicamos. A Mutilação Genital Feminina ou circuncisão da mulher é a remoção total ou parcial dos órgãos genitais externos femininos, feita com uma lâmina sem anestesia, em alguns casos usa-se apenas com uma planta analgésica para aliviar um pouco a dor.

O corte dos lábios e do clitóris é uma prática antiga que tem sido protestada não só pela OMS, mas por muitas organizações de vários países do mundo.
A MGF serve para desigualdade do género, na tentativa das famílias controlarem a sexualidade da mulher como forma de manter a pureza, virgindade, modéstia, estética e acabar com desejo sexual por ser apontado como pecado.

Este acto é considerado por algumas religiões como “diabólico” por não ser um mandamento bíblico, já vitimou mais de 300 milhões de crianças, adolescentes e mulheres em cerca de 31 países de todo mundo.

Além de ser comum no continente africano, devido às comunidades emigratórias, também é praticada em países do Médio Oriente e em outras regiões pacíficas da Ásia, América do Norte, Latina e a Europa. Este procedimento fere os órgãos genitais femininos sem justificativa médica, e sem higiene. Não tem aprovação da Organização Mundial da Saúde, mas várias mulheres continuam a ser submetidas a este risco, que deixa várias lesões tanto físicas como psicológica.

Tida como uma violação dos direitos humanos e da mulher, no Sudão criaram uma lei que visa criminalizar a mutilação genital feminina.

Este ritual criminoso e doloroso do gênero feminino é frequente em 27 países de África e os restantes são: Austrália, Iraque, Nova Zelândia, Iémen, Maldivas e a Indonésia, segundo um relatório da ONU.

Esta questão racial, cultural, regional e religiosa que além de não ser higiénica devido o uso da mesma lâmina para todas no dia do ritual, afecta maioritariamente mulheres muçulmanas por alegadamente “ser errado o prazer sexual numa mulher”.

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