Nina Simone: Mais do que uma artista, uma activista pela liberdade

Ndongala Denda
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Nascida em 1933 no estado da Carolina do Norte, Estados Unidos da América, Nina Simone foi uma compositora, pianista, cantora e activista pelos direitos civis dos negros norte-americanos.

Considerada uma das cantoras mais completas e influentes do seu tempo, iniciou a sua carreira cantando blues em bares de Nova York, Filadélfia e de Atlantic City.

Detentora de uma voz inquestionável, Simone também era considerada uma excelente pianista. Usava das suas influências em Jazz e Gospel para compor letras que hoje são descritas como verdadeiras poesias.

Nasceu e cresceu numa época na qual ser negro era quase um crime. No seu trabalho, encontramos críticas constantes ao racismo, tendo sido uma influência para muitos colegas que eventualmente entraram para a mesma luta.

A busca pela emancipação era algo presente em todas as componentes da vida de Simone, tendo abusado da sua liberdade de expressão em todos os aspectos: nos seus romances, carreira e sobretudo no seu direito de se manifestar. “A aversão ao risco é algo que nos impede de vivermos como de facto deveríamos!”, exclamou a artista em um dos seus concertos.

Era o tipo de pessoa que se apaixonava com frequência. Muitas das suas músicas são resultado de romances sem um final feliz. Porém, foram várias as entrevistas em que a mesma dizia nunca se arrepender de ter “amado demais”: “…para mim, a liberdade é não ter medo de amar.”, dizia a estrela.

Os seus últimos dias foram em França, tendo falecido em 2003, vítima de cancro. Mas, não por acaso, vários compositores e activistas da actualidade citam-na como exemplo, sempre que questionados sobre as suas inspirações. Nina Simone será para sempre lembrada como um ícone que esteve sempre à frente do seu tempo, enaltecendo assuntos controversos que até nos dias de hoje continuam a ser actuais.

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