Na Grécia, o agrupamento de ervas e grãos em formato de bouquet representava o desejo de uma união frutífera aos casais. Ramos de ervas e alho atrairiam bons fluidos e, segundo a crença popular, afastariam o mau-olhado. Antes disso, o conceito de unir flores e formar bouquets já era algo presente no antigo Egipto, onde os ornamentos de flores enfeitavam diversas cerimônias.

O conceito de que ervas e temperos ajudavam a atrair boa sorte e espantar espíritos ruins perdurou ao longo de toda a história, até à Idade Média, quando as flores ganharam um novo tipo de função.
Foi por volta do século XV que os casamentos passaram a ser realizados essencialmente entre o mês de Maio (conhecido como o mês das noivas até hoje) e Junho. Isso ocorria porque era o período com maior oferta de flores, e quando o clima mais quente permitia que as pessoas tomassem banho. Afinal, o conceito de banhar-se diariamente é muito recente e na época a oferta de água limpa era escassa, além disso o clima frio europeu era outro factor que impedia os banhos. Os bouquets passaram a ser utilizados também como instrumentos de disfarce para o odor corporal. Foi nesse período que os arranjos passaram a tornar-se mais elaborados, e flores mais diversas começaram a fazer parte dos arranjos.

Foi na Era Vitoriana que o bouquet de noiva ganhou ainda mais força. Na época, as pessoas não deveriam falar sobre os seus sentimentos de maneira aberta, pois isso era visto com maus olhos pela sociedade. Foi nesse período que estes arranjos passaram a ganhar novos simbolismos, pois precisavam de carregar o significado dos sentimentos das pessoas.
Foi então que o acessório ganhou novos ares. A ideia era de que as flores escolhidas levassem às pessoas a mensagem principal da noiva. Assim surgiram os significados das flores: a rosa vermelha simbolizando paixão, o girassol como símbolo de vida, a gérbera como símbolo de alegria, o cravo como símbolo de fertilidade, por exemplo, e é claro: as orquídeas simbolizando a sensualidade!
Hoje, as orquídeas estão entre as flores mais comuns nos bouquets de noiva, especialmente no caso de arranjos mais clássicos de formato redondo ou cascata.

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