Por que precisamos de boas notícias?

Ndongala Denda
2 Min Read

Boas notícias ou a arte de dar boas notícias. O mundo pareceria mais esperançoso se algum evento bonito fosse relatado, apesar da feiura que parece invadir-nos todos os dias. Não é assim, ou melhor, não é tudo assim, as boas notícias estão aí e também seria bom para a nossa saúde ouvi-las um pouco mais todos os dias.

Tudo é disparado contra nós, até parece que não temos um pingo de coração. Mas o coração está lá e, de braços dados com a mente, sofre muito quando só vê catástrofes ao redor. Está cientificamente comprovado que receber boas notícias é bom para o corpo e para a mente.

Receber boas notícias é algo que tranquiliza e nos dá uma carga de positividade, que pode ser o nascimento de um filho, uma vaga de emprego, um resultado bom de um exame de saúde, etc.

Não é por acaso que alguns estudiosos americanos afirmam que o nosso sistema nervoso simplesmente não foi projectado para lidar com uma enxurrada diária de más notícias, que contêm as piores da raça humana, trazidas de todos os cantos do globo. Esse tipo de “inundação” é demais para a maioria das pessoas.

A tendência para más notícias sensacionais na televisão começou nos anos 90: desde então, começou a pensar-se que as boas notícias eram muito leves e pouco atraentes, sem calcular que – gradualmente – uma superabundância de histórias pessimistas e deprimentes poderia criar a percepção de um mundo cheio de crime e ganância desproporcional à realidade. É um pouco como se uma criança recebesse apenas junk food, que gradualmente se tornasse tudo o que conhecia e queria, mas se lhe fossem oferecidas frutas como lanche, aprenderia a apreciá-las e, assim, obter o benefício de um corpo saudável.

Acima de tudo, procure por notícias boas!

E o que esse período de pandemia mais trouxe foi solidariedade e mostras de que a humanidade não está perdida dentro de nós!

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