Fãs do cantor mostraram-se descontentes após na última quarta-feira a plataforma YouTube ter excluído da sua página as contas relacionadas com o cantor R. Kelly.
O que levou a muitos comentários, como ainda serem exibidos os filmes de Harvey Weinstein no canal, sendo assim os canais do R. Kelly deveriam permanecer.
A reprovação também veio de alguns fãs que mesmo acreditando que o cantor é culpado das acusações feitas contra ele, argumentaram que continuarão a ouvir as músicas, mas agora não poderão encontra-las no YouTube. O cantor soube recentemente o seu destino no primeiro de vários julgamentos contra ele, e após o veredicto de culpado, R. Kelly foi atingido por mais uma situação na sua carreira.
Não é a primeira vez que o YouTube remove activamente um canal da sua plataforma. No passado, a Bloomberg observa que eles tomaram medidas contra Larry Nassar, Family of Five e Austin Jones. Foi introduzida em 2018 uma política que permitiria ao YouTube tomar medidas contra criadores de conteúdo que participam activamente de qualquer comportamento que possa “causar danos maliciosos a outras pessoas”.
Nas suas contas YouTube – RKellyVevo e RKellyTV – o cantor ostentava 1,6 milhão e 3,5 milhões de assinantes e foram removidas por “violação de seus termos de serviço”. O YouTube supostamente abordou a controvérsia num comunicado e também alegou que as supostas acções de Kelly não estão de acordo com as “directrizes de responsabilidade do criador” da plataforma. Isso inclui, mas não se limita a, “participar de abuso ou violência, demonstrar crueldade ou participar de comportamento fraudulento / enganoso que leve a danos no mundo real”.
“As acções flagrantes cometidas por R. Kelly garantem penalidades além das medidas de execução padrão devido ao potencial de causar danos generalizados”, disse o vice-presidente jurídico do YouTube, Nicole Alston. “Em última análise, tomámos essa acção para proteger os nossos utilizadores de maneira semelhante a outras plataformas.”
A resposta a esse movimento do YouTube fez com que a plataforma recebesse reacções negativas, e as pessoas têm recorrido às redes sociais para defender o catálogo de Kelly contra a sua condenação. Alguns fizeram comparações com Harvey Weinstein e Michael Jackson, enquanto outros argumentaram que o público precisa de separar a carreira do cantor da sua vida pessoal.
No entanto, a música de R. Kelly ainda estará disponível para transmissão via YouTube Music, e os seus videoclipes que são postados por outros utilizadores do YouTube ainda terão permissão para permanecer na plataforma. Além disso, outros serviços de streaming de música, como Spotify, Apple Music, Amazon Music e Tidal, ainda não removeram a música do cantor de “I Believe I Can Fly” da sua plataforma.
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