Os engenheiros da Universidade de Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram um sensor inteligente que cria uma máscara facial que pode detectar, em tempo real, a frequência respiratória do utilizador, a frequência cardíaca e o tempo de uso.

O sensor foi acoplado a uma N95, – ele é conectado a qualquer máscara N95, de pano ou cirúrgica – permitindo monitorizar as frequências cardíaca e respiratória do utilizador e extrair dados de saúde.
As informações captadas são enviadas para uma aplicação de smartphone, segundo o site ‘’The Hill’’. Assim, a pessoa saberá se a sua frequência cardíaca está elevada, por exemplo. Os pesquisadores dizem que os dados podem prever “fadiga, estado de saúde física e estado emocional”.
Apelidado de “FaceBit”, o sensor foi originalmente projectado para profissionais de saúde. Os engenheiros ouviram as necessidades de médicos, assistentes e enfermeiros que apontaram a qualidade e o ajuste da máscara facial como características mais importantes.
Hoje, os profissionais de saúde fazem, normalmente, um teste de ajuste nas máscaras N95 para garantir que estejam bem ajustadas ao rosto. O FaceBit não vai substituir esse processo, mas pode alertar o utilizador, ou seja, uma boa maneira para garantir que a pessoa dá aquela pausa tão necessária durante o dia.
“O FaceBit fornece um primeiro passo para a detecção e inferência prática no rosto e fornece uma opção sustentável, conveniente e confortável para a monitorização geral da saúde dos trabalhadores da linha de frente do COVID-19”, afirmou o professor assistente de engenharia eléctrica, engenharia da computação e ciência da computação da Northwestern Universidade Josiah Hester.
Outro factor que é especialmente interessante em tempos de coronavírus é a questão da vedação: embora não possa garantir que o ajuste da N95 está adequado, o sensor ajuda a identificar quando houver uma movimentação que possa quebrar a protecção da máscara, auxiliando a realizar um ajuste e a manter o acessório no lugar durante o dia.
O líder do estudo e professor-assistente na Northwestern, Josiah Hester, comenta que o sensor utiliza diferentes fontes de energia, como o sol e também a força gerada pelo movimento da respiração, para criar energia suficiente para que o dispositivo auto-carregue ao longo do dia.

“Aumentamos a energia da bateria com a recolha de energia de várias fontes, o que significa que pode usar a máscara por uma semana ou duas sem precisar de carregar ou substituir a bateria”, contou, complementando que a ideia era “projectar uma máscara facial inteligente para profissionais de saúde que não precisasse de ser inconvenientemente conectada no meio de um turno”.
O dispositivo também possui uma app para telemóvel e desktop para recolher os dados e permitir a interacção com o utilizador.



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