Cientistas russos testam neuroimplante cerebral em macaco e recuperam a sua visão

Janilson Duarte
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A empresa russa Sensor-Tech Laboratory, residente em Skolkovo, desenvolveu um novo implante: ELVIS. Ele consiste num chip conectado ao cérebro de uma pessoa e estimula-a com pequenas descargas de corrente. Também há duas câmaras que analisam o que acontece ao redor.

O desenvolvimento do dispositivo começou há dois anos e desta vez os cientistas russos instalaram pela primeira vez o neuroimplante visual num macaco, de modo a testar a suas capacidades funcionais. O animal, que era cego há 6 anos, recuperou a visão. O dispositivo processa imagens de câmaras head-based, destaca os esboços de objectos importantes e transmite quadros directamente ao cérebro.

ELVIS é destinado àqueles que perderam a visão, mas que podiam ver antes, isto é, o indivíduo teve uma experiência visual. Não há indicações de saúde rígidas para o implante, mas ainda não foi provado experimentalmente que pessoas que não conseguem ver desde o nascimento podem desenvolver imagens visuais.

O director do Laboratório Sensor-Tech, Denis Kuleshov, afirmou que a nova fase de testes pré-clínicos foi bem-sucedida e estão a aguardar para iniciar a pesquisa com voluntários cegos.

“A nossa tarefa não era apenas testar o equipamento e os eléctrodos, era importante também trabalhar as nossas cirurgias”, acrescentou.

De acordo com as previsões da equipa do projecto, as operações para indivíduos estarão disponíveis na Rússia a partir de 2027. No futuro isso poderá provavelmente permitir que pessoas cegas recuperem a visão.

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