Também conhecida como o berço da humanidade e da civilização, África é rica por possuir grandes diversidades, tanto é, que o DNA da população africana é mapeado como riqueza inédita em estudos. O estudo levou dez anos a completar e teve a colaboração de vários países como os Estados Unidos, a França, a Tanzânia ou o Mali.

Uma das maiores pesquisas já realizadas sobre a genética dos povos africanos revelou que a África, continente de origem dos primeiros seres humanos, tem a maior diversidade genética do planeta. O estudo, mostrou que, no caso dos africanos, a diversidade entre um e outro é bem maior quando comparada às diferenças genéticas entre um norueguês e um japonês.
Além da ampla variedade genética, os primeiros seres humanos teriam surgido no continente há cerca de 120 mil anos, o que já se sabia por estudos anteriores. De toda a África, o povo san, ao sul, também conhecido como bosquímanos, seria o mais antigo. Eles são tidos como descendentes diretos dos ancestrais humanos, que originaram todo o restante do povo africano. Ainda nos dias de hoje, esse grupo vive da caça e da coleta.
Os pesquisadores constataram, também, que os san estão entre os grupos mais diversificados geneticamente. Isso é um indício de que eles podem ser o grupo humano mais antigo do planeta. Alguns indivíduos inclusive aparentam os mesmos traços genéticos dos seus parentes afro-americanos, o que pode ser uma forte prova de que eles são os ancestrais de grande parte dos escravos enviados ao Novo Mundo.
A África possui uma história de fundamental importância para a humanidade porque comporta uma vasta diversidade étnica, ou seja, sua população é totalmente negra, mas não homogênea no que diz respeito à cultura, línguas, costumes etc.
“Não existe uma raça africana homogénea”, diz a especialista Sarah Tishkoff. “Não existe.”
Os humanos pré-históricos que deixaram África há cerca de sessenta mil anos refletem apenas uma fração da diversidade de África.
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