Muitas vezes achamos que o amor dos pais pelos filhos é um sentimento que surge de forma natural ou automática, mas a verdade é que nem sempre os pais oferecem o amor e o cuidado que os filhos esperam.

Alguns simplesmente não se comprometem com os filhos, não se responsabilizam pela forma como os tratam e não sentem arrependimento pelos seus erros.
Embora isto constitua um problema que afecta a todos, frequentemente tais progenitores têm transtornos mentais ou são dependentes de substâncias que os levam a cometerem abusos físicos ou emocionais contra os filhos. Acções que deixam marcas dolorosas a curto período de tempo ou toda uma vida.
A forma como os pais criam os seus filhos e se comportam junto deles é o que oferece às crianças a sua personalidade. Veja a seguir 6 comportamentos tóxicos que deve evitar ao lidar com o filho.
1.Fazer pouco da aparência
Utilizar termos ofensivos (“feio, gordo, magro, cabelo mau”) para se referir ao seu filho, baixa a sua segurança com a sua aparência, imagem corporal e pode conduzir a uma desordem emocional e transtorno alimentar.
Incentive o seu filho filho a amar incondicionalmente a sua aparência.
2.Implicar com determinado comportamento
As crianças tendem a levar a sério e acreditar em tudo que os pais dizem, portanto, implicâncias quanto à sua forma de andar, de falar, ou comentários sobre certo comportamento podem fazê-la acreditar que há algo de errado com ela.
Isso deixa a criança desconfortável, impede-a de agir naturalmente e de ser ela mesma diante dos outros, com medo de ser diferente.
3.Rejeição Aberta
Usar os filhos frequentemente como saco de pancada; descontar frustrações com frases (“queria que não tivesses nascido/ deveria ter feito um aborto”) são formas de dizer à criança que ela não merece existir ou que a vida seria melhor sem ela.
Essas palavras são tão dolorosas ao ponto de a criança se sentir rejeitada, diminui o seu senso de identidade, além de a levar às auto-agressão e depressão.
4.Culpar a criança
Esfregar na cara do filho que tudo faz por ele, dizendo “gasto muito dinheiro contigo/ dás trabalho demais”, faz com que o filho se sinta como um peso ou fardo.
Isto leva a criança a esconder os seus problemas e necessidades afim de não serem notadas pelos pais; e muitas vezes a preferir roubar quando julgar necessário.
5.Comparações degradantes
Pais há que acreditam que o filho existe para atender às suas expectativas, restringindo assim o direito da criança de desenvolver a sua própria identidade.
Comparar de forma depreciativa (por que é que a criança não é como o fulano ou sicrano), até mesmo afirmar de forma directa que os outros são melhores do que ela é extremamente nocivo.
Comparações do género colocam a criança para baixo, diminuem a sua auto-estima e fazem com que sinta que não é boa o suficiente, por mais que tente. Sem esquecer que quando se trata de comparações entre irmãos, isso degrada os seus relacionamentos, incita a inveja e ressentimentos.
6.Ameaças de abandono
São muito utilizadas quando os pais desejam chantagear emocionalmente os filhos. Frases como – “vou largar-te no meio da rua”; “quando acordares já não estarei aqui” – frequentemente levam a criança a desenvolver o medo do abandono.
Acreditam que as pessoas deixam de amá-las pelo que são. Tais indivíduos podem tornar-se incapazes de confiar nas futuras relações, por medo de serem abandonados.
Muitas das atitudes mencionadas acima, frequentemente passam despercebidas pelos progenitores, por se tratar de um hábito, acharem que são comportamentos normais ou até mesmo praticarem de forma deliberada e persistente.
Cuidar de um filho não é fácil, exige esforço, tempo e amor.
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