Lançar um novo negócio é sempre um processo de descoberta de oportunidades que são uma extensão do seu empreendedor. No seu livro “Innovation and Entrepreneurship”, Peter Drucker escreve: “O empreendedorismo não é uma ciência nem uma arte. É prática.”

O empreendedorismo e a arte de inspirar e ouvir a nossa intuição
A construção de uma empresa requer criatividade, visão, intuição, imaginação e inspiração. Tudo isto é apoiado pela paixão e coragem do seu fundador, que são bens intangíveis.
No mundo de hoje, onde tudo parece já ter sido construído, experimentado e pensado, como empreendedor, precisa de ter a ideia brilhante que o fará construir algo grande, belo – e sobretudo com propósito.
O processo mental de ser estimulado para lançar uma start-up tem muito a ver com criatividade. Chama-se inspiração. Como escreve Osho “[…] da sua intuição nasce a possibilidade da arte, e todos os tipos de criatividade são intuitivos.”
Empreender é uma arte. Os empreendedores são semelhantes a escultores, pintores ou romancistas porque inventam, criam ou desenham algo que não existia antes. Eles projectam uma parte de si próprios na sua própria criação.
O empreendedorismo não se resume a dados ou indicadores-chave de desempenho. Na maioria das vezes, trata-se de pessoas inspiradas, com uma forte intuição e verdadeiramente focadas em fazer acontecer a sua estratégia visionária.
A jornada empreendedora inclui o elemento humano e este é definitivamente difícil de compreender e impossível de medir com KPIs numa folha de cálculo. As paixões, os valores e a história pessoal do fundador podem trazer a magia que permite o sucesso.
Alguns investidores aconselham-nos a investir em pessoas, não em empresas porque uma start-up até pode falhar, mas o empreendedor por detrás dela pode continuar a lançar novas start-ups e ideias de negócio, tal como um pintor continuará a criar novas pinturas, ou o músico continuará a criar novas músicas.
Empreendedorismo como uma ciência
Provavelmente sabe quando o seu instinto lhe diz se a sua decisão é boa ou má. É um instinto primário, ou intuição, muitas vezes baseado nas suas experiências passadas, que poderá sempre escolher seguir. Mas precisa sempre de apoiar esses sentimentos intuitivos com dados e factos para tomar a decisão empresarial certa.
Como escreve Brené Brown no seu livro “The Gifts of Imperfection”:
“Às vezes, a nossa intuição ou instinto diz-nos o que precisamos de saber; outras vezes, na verdade, direcciona-nos para a descoberta de factos e raciocínio; às vezes a nossa intuição sussurra: “siga os seus instintos”; outras vezes grita: “precisa de verificar isto: não temos informações suficientes!”
Os indicadores e as análises de desempenho indicam como devemos planear as nossas iniciativas e recursos para atingir os objectivos. Analisar a actividade mensal ou trimestral é fundamental para saber o que funcionou (ou não), onde devemos investir mais a nossa atenção e recursos, e quais os riscos potenciais de que devemos estar conscientes.
Empreendedorismo como prática
O empreendedorismo começa quando se reconhece o potencial de uma ideia simples, ou de uma oportunidade. É crucial fazê-lo acontecer através de um processo de trabalho contínuo, orientado por um plano de negócios e pelos recursos de que se necessita para o sucesso.
Devemos rodear-nos de pessoas criativas, inspiradoras e com valores de vida idênticos para construir a nossa melhor versão da jornada de uma nova empresa.
Precisamos de uma base forte de conhecimentos técnicos e competências para conceber um produto ou serviço, assim como ter um bom desempenho em operações e finanças.
Escolher os melhores talentos para outras áreas como vendas, marketing, recrutamento, tecnologia e recursos humanos. Isto tem a ver definitivamente com ciência, mais do que com arte.
Precisamos da nossa capacidade inspiradora e mobilizadora, assim como de acreditar em fazer acontecer. A combinação perfeita para empreendedorismo bem-sucedido é sem dúvida a combinação completa: inspiração-intuição-prática-ciência.
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