Pessoas sem parentesco que se parecem muito? A ciência tem resposta para o fenómeno!

Janilson Duarte
3 Min Read

Certamente já lhe disseram ou já encontrou alguém que não é da sua família – na rua, no shopping, no hospital, na igreja, em festas e outros lugares – com aparência semelhante à sua.

Pois é, várias pessoas em todo o mundo passam por essa situação, que para uns é muito constrangedora, pelo facto de muitas vezes serem abordados com assuntos dos quais não tem noção. Para outros é uma maravilha, principalmente quando se parecem com figuras públicas.

Mesmo pela internet existem artigos com fotos de pessoas não famosas que se parecem com figuras públicas e também celebridades parecidas entre si.

O fotógrafo canadiano François Brunelle que, segundo a BBBC News Mundo, passou anos a retratar pessoas à volta do globo que não são parentes e se parecem.

A partir das fotografias de Brunelle, um grupo de especialistas do instituto Josep Carreras de pesquisa em Leucemia em Espanha mostrou os resultados da pesquisa que começou em 2016, publicados na revista científica Cell Reports.

O director do Instituto e professor de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona, Manel Esteller, explica que os seres humanos que têm as mesmas características faciais, a nível molecular são indivíduos que, pela sua alta semelhança, são chamados coloquialmente de “sósias”.

“Essas duas pessoas, apesar de não serem parentes, acabam por ter variantes genéticas que lhes dão a mesma forma.” Ou seja, certas características do seu DNA são semelhantes”, afirmou o director

O estudo descobriu também que essas características se assemelham também no estilo de vida, idade, peso e altura.

“Mas também há algo que vai além do físico. Os voluntários foram convidados a preencher um questionário com mais de 60 perguntas sobre os seus hábitos de vida, para ver se eles também eram semelhantes nisso e em alguns casos havia semelhanças”, disse o professor.

“Uma pessoa 100% idêntica a um de nós é difícil, mas uma pessoa 75% ou 80% idêntica a nós provavelmente já está por aí, porque existem muitas pessoas no mundo”, respondeu o médico.

Os pesquisadores analisaram o material biológico dos participantes a partir de amostras de DNA da saliva recolhidas e analisadas.

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